Fernanda Figueiredo.
Há uma semana, exatamente, neste horário, o apresentador do Jornal Hoje, transmite uma triste notícia. Fiquei abalada como qualquer cidadão. O Brasil viveu grande comoção nacional. Foram sete dias de intenso noticiário. Eduardo Campos, candidato à presidência da República, morre tragicamente em acidente de avião, que vitimou também, alguns integrantes da sua equipe de campanha, além, do piloto e co-piloto da aeronave. Havia assistido sua entrevista na noite anterior. Mas, como? Não dava para acreditar.
É uma tragédia que nos impõe várias reflexões e nos conduz a questionamentos e lições de vida. A tragédia poderia ter sido maior, se atingisse os moradores da região. A aeronave caiu em lugar mais aberto, em bairro da cidade de Santos, cercado de edifícios, casas, academias, etc. Dadas às circunstancias, parecia que o avião estava em voo cego e na hora da queda, alguma força maior o levou para aquela área e, assim, evitando uma tragédia, ainda, pior.
Na outra ponta, seguiam em voo comercial para o Recife, a mulher do candidato e o filho caçula, não os acompanhando, por providência divina. E, a Marina Silva, vice na chapa presidencial que foi convidada para acompanhá-lo, mas mudou a agenda. Com certeza, teve o dedo de Deus, nestas duas alterações de roteiro.
É um acidente cheio de mistérios. E desses milagres, acima relatados.
Porém, chama atenção o fato de o candidato ter morrido no dia do seu avô, Miguel Arraes, em 13 de agosto. O mês de agosto é marcado por tragédias. Segundo a numerologia, o número quatro, não traz bons augúrios. Os sábios chineses não gostam do número 4. Os americanos do nº 13, cuja soma dá 4. Esta soma era presente na numerologia do candidato. Outro fato,é o mistério que envolve a caixa preta, (laranja), por não conter gravações do dia do acidente. Muito estranho. Embora, a questão da sabotagem insinuada é sem fundamento. Trata-se de mera especulação!
Trabalhei em gabinete do PSB e tive essa convivência com o candidato nos corredores do Congresso de 1999-2003. Eduardo Campos, então, jovem parlamentar, líder nato, muito educado. Como candidato à presidência da República, representava uma terceira via. Parecia incansável na divulgação do programa de governo da coligação.
Alguém, lindamente, deixou um bilhete na porta da casa do Eduardo Campos no Recife. “Vá em paz, o Brasil cuidará da sua família.”
Por outro lado, chama à atenção a predestinação de uma candidata. Marina, que teve o registro do seu partido, negado, acatou ser vice. Agora, candidata à presidência da República enfrentará esta missão, como forma de homenagear o companheiro de chapa e debater um projeto político para o país.
Enfim, o que estaria nos planos de Deus para Marina Silva? Afinal, trata-se de uma candidatura para alterar todo cenário político e deixar em ebulição as eleições presidenciais do Brasil. Que ela possa disputar um segundo turno, com certeza, acirrado? O que o destino reserva ao povo brasileiro?
Que há mais mistérios entre o céu e a Terra, não há dúvidas...