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terça-feira, 3 de junho de 2014

Dica de livro da Neusinha Brizola



"Faz parte da minha memória  dos anos 80, os sucessos da Neusinha Brizola-quando morava no Rio de Janeiro- e a filha do Governador protagonizava escândalos que sacudiam os lustres do Palácio Guanabara. Na verdade, Neusinha foi uma menina rebelde, que afrontava muito mais os bastidores da política. O Rio de Janeiro, vivia uma época de ebulição cultural em pleno processo de abertura política, era  preciso desafiar, romper o establishment e todas as mintchuras que faziam parte do cenário carioca. Era a época das grandes bandas de rock. Neusinha Brizola foi polêmica e rápida  foi  sua vida, mas Neusinha soube viver como bem quis sem se preocupar com os podres poderes. Valeu, Neusinha! " (Fernanda)

Abaixo, reproduzo o que escreve Hildegard Angel

NEUSINHA BRIZOLA SEM MINTCHURA, POLÊMICA ATÉ DEPOIS DA MORTE

Publicado em 25/03/2014 por Hildegard Angel

Foi um evento único. Reuniu os netos de Leonel Brizola e dona Neusa, Layla e Paulo Brizola, enquanto os escritores Fábio Fabrício Fabretti e Lucas Nobre, também jornalista, autografavam a biografia de Neusinha Brizola, Neusinha Brizola sem mintchura, de sua autoria.

Foi na FNAC Barra, que borbulhava com os amigos fiéis da família Brizola e da frágil e pessoinha adorável que foi Neusinha, das figuras mais polêmicas daquele momento político nacional pós abertura – de fato mais uma vítima da ditadura.

Ela narrou sua vida em detalhes, morrendo antes do término do livro, porém a tempo de pedir aos autores que lançassem a obra na íntegra, desejo agora cumprido por eles.

Neusinha passou a infância num palácio, do qual foi arrancada com a família pelo golpe militar, partindo para o exílio, o sofrimento extremo e o medo. Os horrores daquele período de violência lhe deixaram sérias sequelas que a levaram a se viciar na adolescência, num processo de fuga, bebendo em todas as manhãs e recorrendo às drogas.

Entre outras peripécias que contribuíram para fazer brancos os cabelos do “Caudilho”, Neusinha posou nua para a Playboy, levando seu pai Leonel Brizola, então governador do Rio de Janeiro, a vetar a circulação da revista.

Reação dela: “Então, vou morrer contrariando a vida. Mesmo depois de partir, vou continuar dando trabalho e causar meu último escândalo, deixando um livro que vai falar e ficar por mim, sem mintchura!”, desafiou Neusinha.

Deu o que falar em vida e, pelo visto, continuará a dar depois da morte.
Ponto pacífico: verdade é que quem conheceu Neusinha Brizola de perto simplesmente a adorava e dela guarda doces lembranças.

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