Poesia de Papel
Fernanda Figueiredo
Hoje,
rasguei seus sonhos
que estavam no papel.
Hoje,
quis ter um amante
ganhar calcinhas rendadas
e brincos que não fossem de marfim.
Escrever
uma poesia no papel higiênico
ou apenas,
inventar uma loucura, assim...
Hoje,
Apenas... Hoje,
pus-me a expressar o meu desejo
e fazer de conta o que não se encontra
jamais...
Apenas,
com os pés na areia
ao som do vento
e a esperança de reencontrá-lo...
E deixar o meu desejo
ao doce duelo das ondas,
a sensação da água
que deflui do meu corpo
como quem não quer nada....
Só hoje...
Nenhum comentário:
Postar um comentário