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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Poesia de papel























Poesia de Papel   
                  
                                               Fernanda Figueiredo

Hoje,
rasguei seus sonhos
que estavam no papel.
Hoje,
quis ter um amante
ganhar  calcinhas rendadas
e brincos que não fossem de marfim.

Escrever
uma poesia no papel higiênico
ou apenas,
inventar uma loucura, assim...
Hoje, 
Apenas... Hoje,
pus-me a expressar o meu desejo
e fazer de conta o que não se encontra
jamais... 

Apenas,
com os pés na areia
ao som do vento
e a esperança de reencontrá-lo...

E deixar o meu desejo
ao  doce duelo das ondas, 
a sensação  da água
que deflui do meu corpo 
como quem não quer nada....
Só hoje...




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