Histats

sábado, 21 de dezembro de 2013

Chico Mendes vive...


Em 22 de dezembro de 1988, o líder seringueiro, Chico Mendes, foi assassinado, infelizmente. Para relembrar sua luta, fiz uma volta ao passado -ao reencontrar fotos do meu arquivo pessoal - do nosso movimento em defesa do meio ambiente e, do companheiro Chico Mendes  sua  luta em defesa da Amazônia,  Destaco  manifestação que participamos  no Rio – o "Salve a Amazônia".

Em outra ocasião, foi simbólica a foto do Lucas, meu sobrinho, com o Chico Mendes no Palácio da Cidade no Rio. E, também,  o reflorestamento de encosta, após  uma grande tragédia no Município de Petrópolis, para onde viajamos com o Chico Mendes, para um encontro nacional e missão de fazer plantio de mudas na encosta -  na  cidade serrana do Rio de Janeiro.

Por fim, nossa homenagem póstuma no Canecão(1989)


Foto do SALVE A AMAZÔNIA  

Com o Chico em Petrópolis 

No Palácio da Cidade - Rio de Janeiro

Show   no Canecão

De bar em bar ou Garçom!


                       
De bar em bar ou Garçom!

  Fernanda Figueiredo.

Não se permita,
repetir  o mesmo bar,
as  mesmas estórias, conversas.
Nem as mesmas quadras, esquinas,
As mesmas fantasias, o mesmo ritual.
A mesmice do quase sempre e
ou o que não lhes trará de volta
Cada qual no seu cada qual.

Não se permita,
feedback,
remake , velhas conversas,
voltar  ao passado, requentar,
querer repetir o que foi bom,
o que foi bom ficou..Já passou!
Nada de contrarrazões...
Nada será como antes...
Nem o bar, o chopp, o colarinho,
o gole, o gargalo, a gargalhada, a gorjeta,
o garçom, o galanteio.


Não se permita,
guardar rancor, se apegar,
frequentar a mesmice,
repetir os mesmos nomes, as piadas,
os casos e causos.
Tampouco amizades requentadas...

Não se permita somatizar
Cair na mesma esparrela,
naquele embate movediço,
do antagonismo de interesses...

Vire página, rasgue página,
Ultrapasse, sobrevoa, supere,
Resista!


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Brazuca


BRAZUCA

                       Fernanda Figueiredo.

Caminha e chora Brasil
o choro dos inocentes
Carandiru ou Corumbiara...

Parece que  a noite não é somente
de candelabros, infelizmente,
de cenas  repugnantes
como da Candelária.

É a violência cotidiana
a falta de  resistência       
Brasil  com z
Brasil com s
ninguém esquece
Carandiru
Candelária, Corrupção, Corumbiara,

A película, a esperteza,
a safadeza,
a mãe gentio...
à vida vilã
a nossa tristeza.
Basta, Brasil!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Homenagem ao sabiá que canta na minha janela...


O sabiá-laranjeira [Turdus rufiventris (Vieillot, 1818)] é uma ave comum na América do Sul e o mais conhecido de todos os sabiás, identificado pela cor de ferrugem do ventre e por seu canto melodioso durante o período reprodutivo. É apreciado especialmente no Brasil; segundo Decreto de 3 de outubro de 2002, as comemorações nacionais do Dia da Ave devem se concentrar no sabiá-laranjeira, "símbolo representativo da fauna ornitológica brasileira e considerado popularmente Ave Nacional do Brasil". Já era símbolo do estado de São Paulo desde 1966. Na literatura é frequentemente citado como o pássaro que canta o amor e a primavera, as origens, a terra natal, a infância, as coisas boas da vida, sendo imortalizado por Gonçalves Dias na abertura de seu célebre poema Canção do Exílio: 

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Chico Buarque escreveu em 1968 em conjunto com Tom Jobim uma canção onde o sabiá também figura em destaque, embora ali a ave apareça com o gênero feminino, o que, segundo o autor, deriva dos usos dos caçadores. Segue a primeira estrofe:

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabiá
Cantar uma sabiá. 

Fonte: Wikipédia.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Alguma coisa acontece no meu coração...

SAMPA...

Perdi a conta de quantas vezes viajei do Rio para São Paulo nos anos 80 e 90. Certa vez, fiz uma viagem de trem, ultramoderno, padrão europeu. Empreendimento que não deu certo. Pena.

Retorno a Sampa para mais uma aventura. Desta vez, observei que a cidade empobrecida, está mal cuidada, mas continua gigante. É certo que a riqueza migrou para outros centros, todavia, o estado de São Paulo é importantíssimo para a economia do país, continua grande centro econômico e financeiro. 








FOTOS FERNANDA FIGUEIREDO


O centro da capital paulista precisa de cuidados. Há grande quantidade de mendigos, usuários de crack. E os engarrafamentos continuam crônicos. Talvez, os corredores de ônibus, em cidade inteiramente estrangulada não seja a solução mais adequada. 

Pontos positivos: a gastronomia, em todos os lugares há capricho no preparo dos alimentos.  São os melhores  pastéis, pães de queijo, bauru, empadas, roscas, cafés, almoçoÉ tudo muito bom e sempre da melhor qualidade.

Ponto para a população, que informa sempre ao turista, motoristas de táxi simpáticos e tudo funciona, serviços nota dez.






Ponto negativo: além dos engarrafamentos, a poluição. Mesmo hospedada em hotel 4 estrelas, há sempre um tapete,carpete, cortina, que atraem ácaros,  tudo isso, um convite para gripe, dor de garganta, sinusite, etc..

Em termos de polo de compra, o mundo hoje é globalizado,estava lá a mesma bolsa você já avistou várias cidades do país,tudo igual, às vezes,com o  mesmo preço. A compra só será válida para produtos bem direcionados.

Obrigada, São Paulo. Imagina...!



quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Coelhos em perigo!


Como foi denunciado aqui (foi furo do blog), os coelhos do Parque Olhos D’água, meus vizinhos, estão prestes ao um triste fim. Culpa do Poder Público. Deveriam ter tomado às devidas providências e imediatas quando surgiu o problema. Hoje, como foi noticiado no Bom dia Brasil, TV Globo, os coelhos se reproduziram e quase estão se tornando uma praga. E ainda, correm o risco, caso a população não os adotem, de se transformarem em comida para os felinos do Zoológico. Como explicar para as crianças que todos os dias brincam e alimentam os fofinhos, que os pobrezinhos dos coelhos serão atirados na jaula dos leões e tigres? Claro, existe a cadeia alimentar, o instinto de sobrevivência, mas não se trata disso. Já existe o afeto das crianças e adultos pelos coelhinhos. Este coelho da foto chama-se Simpático. Foi batizado por mim. É o descaso essa demora dos Órgãos ambientais, de só tomarem uma atitude quando o caldo entorna. Igual ao acidente que poluiu o Lago Paranoá. Há meses que a imprensa, mídias sociais se reportam ao problema e a solução pode ser drástica para indefesos animaizinhos, neste período em que se aproxima o  Natal!

Felizmente, foram salvos. (depois de muita gritaria na  imprensa)

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Alfajor














Alfajor
                             
                                         Fernanda Figueiredo.

Cama com dossel, meu favo de mel
lua de maio, Alentejo, noite de desejo,
de estrelas , de amores,
meu doce alfajor...


Sou a turmalina paraíba
obra rara, tesouro esquecido
talvez, página  virada 
a caliandra do cerrado 
joia rara...
essência da  dama da noite de estrada...
flor de maracujá.

Vulcão em erupção
instigante, surreal  
doce  mel,
No vislumbre da aurora boreal, sideral
a eterna sinfonia 
encontro de magia 
em pás- de- deux 
mon amour. .. 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Análise da notícia



Ano passado estive no Rio de Janeiro, fotografei o barco, do Eike Batista (foto), que transportava turistas para um breve passeio pela Baía da Guanabara. O super iate fora batizado de Pink Fleet. Este ano, li que a mesmo barco foi levado para o desmanche devido à falta de interessados em comprá-lo. Como sabido, uma das empresas do considerado “um dos homens mais ricos do mundo”, enfrenta dificuldades, é obrigada a renegociar a bagatela de 45 milhões de dólares.

Foto Fernanda Figueiredo, junho de 2012.

Eike colocou o Hotel Glória à venda. Quando Eike comprou o Hotel, em 2008, após 50 anos como propriedade da família de Eduardo Tapajós, anunciou aos quatro ventos, grandes reformas. Entretanto, a descaracterização do Hotel foi bastante criticada, o objetivo do grupo do empresarial seria manter, apenas, a fachada.Inacreditável. O Hotel Glória tem história. Foi palco de grandes acontecimentos políticos e sociais.  participei de alguns eventos deste Hotel, localizado no Flamengo, (zona sul, do Rio de Janeiro), e causava-me deslumbramento a arquitetura art déco, seus salões, móveis, piscina maravilhosa, tudo aconchegante, retrato de uma época. Ainda encontrava-se bem preservado, na Rio 92, quando  nos seus salões e auditórios foi realizado o Fórum Internacional de ONGs, com ambientalistas do mundo inteiro.

Não quero aqui tripudiar em cima de ninguém. Todos nós, estamos suscetíveis a  intempéries nos negócios ou, em nossa vida pessoal. Torna-se, instigante observar, como essas notícias, dos famosos em situação de falência, são cada vez, mais expostas na internet e damo-nos conta que tudo que é sólido pode desmanchar no ar... Ou, que artistas, empresários, famosos ou não, podem viver situações de bancarrota, como qualquer cidadão. Os fatos são bem mais comentados, com muita propagação das mídias sociais em tempo record.






quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Cineastas arrebatam prêmios no Festival de Brasília


Curta ganha prêmio de direção no Festival de Brasília. Assinado pelos cineastas paranaenses Rafael Urban e Terence Keller , com a brilhante montagem de Larissa Figueiredo, recebeu três prêmios em sua estreia no 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro: Melhor Filme Curta-Metragem pela Crítica (abraccine), Melhor Direção em Curta-Metragem Documentário pelo Júri Oficial; e Prêmio Aquisição Canal Brasil. 
                     
                          A que deve a honra dessa ilustre visita este simples marquês? 

Cine Brasília
                     
                                     FILME DE CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO                               



“O curta foi bastante aplaudido pelo público do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro que apresentou o ilustre Max Conradt Jr., um curitibano muito peculiar”. Comerciante aposentado de 82 anos, morador do bairro das Mercês, protagonista do documentário  A Que Deve a Honra da Ilustre Visita Este Simples Marquês.

Os três  cineastas tem futuro promissor. Parabéns, Terence, Rafa e Larissa!

sábado, 21 de setembro de 2013

Banheiro Público...

Fotos Fernanda Figueiredo- Pátio Brasil

BANHEIRO PÚBLICO:

Vamos combinar que banheiro público é para quem tem coragem de entrar ou em caso de extrema necessidade. Em Brasília, os melhores banheiros são os de shopping centers. O banheiro  do Pátio Brasil é muito bom. 

Segundo os administradores do Pátio Brasil:“Entre as principais mudanças, destacam-se a cascata de luz e as paredes em vidro, iluminação dos banheiros é distribuída com lâmpadas de LED. O banheiro feminino conta ainda com espaço para maquiagem, lounge e jardim de inverno. Já o masculino apresenta mictórios ecológicos fabricados na Suíça e que funcionam sem água e com eliminação de odores. Os modelos são um sucesso na Europa e atendem às novas tendências do mercado que visam à preservação do meio ambiente.”

Ao entrar no banheiro do Shopping  Pátio Brasil , vi uma senhora, humilde, deslumbrada, com o fato de não precisar abrir a torneira, puxar papel, apertar a saboneteira. O uso é feito  na base de sensor. Então,ela fez o seguinte comentário, que achei engraçado:

“- Depois que entrou uma mulher na Presidência, tudo melhorou. Não se precisa nem fazer força...” E continuava no seu encantamento..."

Não custava nada melhorar os padrões dos banheiros públicos.  No caso do banheiro da rodoviária, do plano piloto, se quiser continuar com saúde; não entre! E, nos casos de restaurantes e bares, a grande maioria deixa a desejar. Há algumas semanas, fui ao Boteco na asa  sul e achei o banheiro, limpo, higiênico. Não precisa mármores, espelhos com molduras douradas estilo Luis XV para receber uma boa avaliação. Basta limpeza.

Banheiro público é para ricos e pobres. Brasília é uma cidade projetada, linda, mas com diferenças sociais enormes. No caso da nossa capital federal, há uma constante vontade de demonstração de poder e riqueza. Carros de luxo.com teto solar, são vistos com frequência por aqui. Tudo isso,  para comentar de um caso de uma senhora que entrou no banheiro do supermercado no Lago Sul e fez escândalo porque a gari estava usando o mesmo banheiro que ela. E, esta mulher falou horrores para a essa senhora trabalhadora, que fazia seu serviço, honesto, sol a sol. Essa infeliz "madame" da elite ofendeu uma gari de maneira arrogante, chocante.Enfim, foram todos parar na Delegacia, acho que esse fato ocorreu ano passado. Essas cenas não tão raras na Capital Federal: Você sabe com quem está falando? Infelizmente, ainda, acontecem.

“A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia...
Cazuza.


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Cartas...



Estas poucas Linhas...
Fernanda Figueiredo
Com  o avanço das tecnologias, do computador, quase não se escreve mais cartas. De fato, a maior parte da nossa comunicação é realizada por e-mails.
Arrumando  meu baú de lembranças, achei muitas cartas trocadas com amigos, família e namorados. Como era gostosa a sensação de esperar o carteiro, o que me faz lembrar esta canção: “Quando o carteiro chegou e meu nome gritou com uma carta na mão...”
Essa  sensação de se chegar em casa e encontrar em cima da mesa, cartinhas em envelopes especiais, endereçadas com zelo e carinho, em envelopes coloridos, reciclados, escritas em papel de seda, desenhadas com florzinhas, com adornos é algo do passado.

Os conteúdos transpunham sentimentos, delicadeza, as notícias que vinham de longe, dos parentes, amigos e amores. Ou apenas, para entreter, outras densas, com informações factuais, ou cartas que mais ressoavam  dilemas do divã.
Alguns companheiros de aventuras, não sabiam o meu sobrenome e endereçavam: "Fernanda Verde Manga"," Fernanda Companheira", "Fernanda Verde Mata..."
Outras vinham com várias páginas (uma, duas, três, quatro, cinco...) especialmente, as que versavam sobre conjuntura política e ambientalismo, trocadas com amigo que morou um tempo em Paris. As cartinhas vinham recheadas. Já a
à  minha prima, que morava na Flórida, também, me enviava folhas e mais folhas. Tânia nasceu  com  o dom da escrita, adorava receber suas deliciosas cartinhas. Já minha irmã que morou na Romênia, me mandava postais. Não tem como jogá-los fora. Postal é atemporal. Os monumentos continuam iguais  e as mensagens estão eternizadas.
Receber  carta de namorado deixava a gente toda prosa: Ah! Que bom que lembrou de mim...Ou ele estava com a consciência pesada, arrumou outra e despachou um postal...Vai saber...
Também gostava de receber carta da minha amiga Silvia, do tempo do Colégio Zoé Cerveira, na minha adolescência. À medida que releio vislumbro maturidade, busca existencial impressionante desta minha amiga. E das amigas da Universidade: Débora, Gilda e Malena, adoravam escrever algumas poucas linhas. 

Recebi cartas de uma colega, do Colégio Batista, na qual ela comentava: Lembra do dedão? Risos... Daí lembrei... Pegávamos carona na volta para casa,  algo transgressor naquela época, imagina, anos 70, adolescentes apontando o dedão... Graças a Deus não tinha essa violência de hoje. Um mundo ingênuo, de paz de amor.
Ao  reler algumas, vi como o tempo mudou, certas cartas dão-nos uma ideia da evolução dos tempos, da tecnologia. E até as gírias mudaram quem nunca escreveu um “Curtir as pampas”? Quem é desse tempo irá lembrar...
As cartas são extensas, que marcaram amizades sinceras, algumas perdidas na estrada, outras banidas pelo tempo, algumas que já duram trinta anos... Sempre supus importantes, como se fossem as cartas apaixonadas  dos poetas, as cartas históricas. Como gosto de trabalhar com memória,  são importantes instrumentos de trabalho, pesquisa.
Escrever é uma arte, mas detestava minha letra. Hoje, já gosto mais... Infelizmente, tem carta que seria melhor não ter escrito. Foi um caldeirão de ebulições, de cargas sentimentais, que saem do âmago, extravasa à própria razão. 
O e-mail é  impessoal, com o mundo cada vez mais vigiado, não há segurança nenhuma, não há como expor tanta intimidade. Então, me bateu essa saudade das cartas, onde os sonhos relatados tinham um sabor diferente, de construir cada palavra com emoção, encantamento, sutilezas, segredos, medos, ressentimentos, incertezas...

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Reza xá!

O chá das cinco...

O  chá é  algo tão delicado, ouço dizer que sua  apreciação iguala  pobres e  ricos.




Ganhei este delicado chá direto de Bali. Pesquisei e vi que é realmente especial.

‘Trata-se do  chá que Maria Antonieta, a rainha mais desprezada da França, bebia no Palácio de Versalhes. Não era qualquer chá. Feito do botão de jasmim e em contato com água quente desabrocha uma delicada flor. Detalhe: a cor da flor é sempre uma surpresa. Trata-se do chá branco Yin Zen, de origem chinesa, que há mais de mil anos proporciona um espetáculo aos olhos e ao paladar. O Yin Zen é um flowering tea, o chá branco milenar mais precioso da China. Ele é feito com um botão de flor e envolto com folhas de chá verde. Após ser ressecado, recebe aroma de lavanda e é costurado no formato de um buquê com finos fios de algodão. Em contato com água quente, as folhas se desprendem e, como mágica, uma flor "nasce". Além do aspecto visual, a surpresa do chá ainda fica com as cores e formatos da flor, que são sempre diferentes. É simplesmente fantástico. ‘(Reprodução Gazeta do Povo)

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sete Lamentos

Foto Fernanda Figueiredo


SETE LAMENTOS

                   Fernanda Figueiredo

Quedas que se vão
Quedas que não voltam mais
Quedas raras
Quedas d’água
que rolam,
em lágrimas
são sete mágoas
são sete lamentos

Quedas
que se vão
quedas raras 
quedas d’águas
Sete quedas...
sete mágoas...

Ao sopro do vento...
Guaíra, guarida, adeus!


Movimento Salve Sete Quedas- 1982.


domingo, 28 de julho de 2013

Ópera de Cubatão




Ópera de Cubatão



               Fernanda Figueiredo


Fumaça em pás-de-deux

Suspiros de hidróxidos
Amores com monóxidos
Cinzas do ar
Utópico sangri-lá
Cubatão

tão
down.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Foto do dia...


O por-do-sol  de Brasília
não tem como decifrar
cada estação uma  cor
onde  o céu é o mar...
O por-do-sol  do cerrado
tem a mesma melodia,
o mesmo encanto
a mesma magia
de um deserto 
que se  faz amar...



segunda-feira, 8 de julho de 2013

Fábula...

FOTOS DE FERNANDA FIGUEIREDO- LAGONORTE





A raposa e as uvas

Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra tinha sido excelente. Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo:

- Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguém me desse essas uvas eu não comeria.

Moral: Desprezar o que não se consegue conquistar é fácil.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Poema de Vida

Foto Fernanda Figueiredo

                      Poema de Vida
                     
                                                       Fernanda Figueiredo.

Quero dizer
de um desejo
assim...

            como as ondas do mar e os pingos de sal
            sobre  mim

longe das praias urbanas
que não me seduzem mais
Quero dizer
dessa minha liberdade de brincar com a vida
com as vibrações e as energias
de me encarar sem subterfúgios















do meu medo do meu medo
de ser um touro
às vezes,
um bichinho de pelúcia.


Da vontade imensa de 
dispensar fatalidades
de transformar o impossível no imediato
de  romper  minhas grades
e reconstruir minhas ruínas

Quero dizer
meio sem jeito
da dualidade permitida
da natureza dos sentimentos
que me despe

Às vezes,
omissão com a vida
ou paixão de prolongar as aventuras
E que das ilusões sofridas
resiste sempre uma verdade
que pode ser ou não
a sua...

Que não gosto de dividir o meu eu
entre risos e riscos
prefiro o mistério
amar mais de um entre poucos...

Quero dizer
da beleza da flor de cactos
da meditação que rompe
neste ano que não acontece quase nada...

1990-1991

terça-feira, 18 de junho de 2013

O VINAGRE DAS MIDIAS SOCIAIS



O vinagre das mídias sociais
                                                                                                               Fernanda Figueiredo.

Estas últimas manifestações ocorridas em várias capitais do país, pegaram todos de surpresa, principalmente, os políticos. Espremida entre o dia dos namorados, Santo Antonio e São João, a manifestação comprovou o poder das redes sociais e o povo sentiu nessa convocação uma imensa vontade de sair às ruas para protestar. Na era tecnológica, graças à internet, é possível realizar uma mobilização estrondosa. Essa revolução tecnológica é capaz de transformar o impreciso no imediato e provar que  o alcance das mídias sociais é impressionante.

Afinal, do que protestam? De fato, foi uma manifestação diferenciada. Não foi organizada por partidos e sindicatos, nem foi uma manifestação tipicamente da esquerda unida, não foi uma manifestação de um líder. Era o povo com vontade de ser ouvido.

Eu, por exemplo, fiquei surpresa. Em toda minha vida de militante, só fui protestar quando as coisas estavam muitos ruins, quando não dava mais para suportar à questão econômica ou política do país.

Tem questões que precisam ser melhoradas? Sem dúvida, principalmente, na saúde e na educação, e, sobretudo, na esfera política.

Há um desejo latente de se acabar com a corrupção e as mazelas que acontecem no Congresso. Achei bonita a presença do povo na marquise do Congresso. Foi algo inédito. Há alguns anos, visitei a marquise do CN, mas logo os seguranças pediram, gentilmente, para eu me retirar. A juventude emoldurando a obra de Niemeyer foi algo impactante.

No Rio de Janeiro, foi bacana o protesto da Av. Rio Branco, onde já cruzei diversas vezes essa avenida para protestar. A última vez, que participei de uma manifestação na Avenida Rio Branco, foi ano passado, durante a Rio+20. É sempre emocionante. 

Desta vez, o estopim para os jovens ocuparem as ruas foi o aumento da passagem. Há tempos os estudantes reivindicam o passe livre, o Movimento Passe Livre foi identificado como um dos organizadores do evento. Porém, a adesão à manifestação foi bem ampla, assim como a pauta de reivindicações. Foi identificada outra vertente do protesto: A Copa. No banco dos réus, os gastos exorbitantes da Copa das Confederações e os ingressos super caros, não acessíveis ao povo brasileiro, que ficou de fora. No país do futebol e o povo não foi convidado para a festa. Isso é sintomático. Assim, como o fato do País não ter recebido as melhorias prometidas, apesar de o evento ser tão aguardado pelo povo brasileiro. Na abertura em Brasília, a presidente Dilma foi vaiada por uma elite que tinha condições de pagar pelo ingresso, a mesma elite que não suporta a ascensão da classe c e as mudanças sociais. Por entender que  políticas sociais são necessárias é que achei a vaia desnecessária, deselegante.

O recado que se  captou das ruas foi uma insatisfação geral, uma catarse coletiva, contra os partidos e governantes das diversas siglas. Além, do medo da volta à inflação, a letargia do Congresso, a votação da PEC 37. Há uma catalepsia política no Legislativo.

Denominada a Marcha do Vinagre, acho que não veio para azedar a relação com à  classe política, mas, sobretudo, veio para uma reflexão, para permitir o diálogo, estabelecer um canal de comunicação do povo com os governantes. 

Que País é esse? É um país de um povo pacato, feliz, sonhador, e que se pergunta: Afinal, quero mudar a realidade do país ou  falar da nossa própria utopia?

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Um cantinho especial de Brasília

Recomendo um cantinho em Brasília:


Nas vias L2 e L4 Norte, próximo à Ponte do Bragueto, existe um recanto, inaugurado há  poucos anos, super agradável, romântico, ótimo  para namorar e tendo o Lago Paranoá  como testemunha: O calçadão da Asa Norte. Foi construído uma espécie de Deck todo de madeira, quiosques, etcétera. 

No entanto, observa-se a falta de policiamento, talvez, haja necessidade de uma cabine policial mais próxima. O espaço é uma opção para os turistas que desejam conhecer nosso famoso lago mais de pertinho.

Este blog recomenda o passeio. Ao caminhar no Parque Olhos D’Água é uma boa opção esticar até o calçadão.

Fotos Fernanda Figueiredo



Fotos Fernanda Figueiredo


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Exílio sentimental


Exílio sentimental 

                                      Fernanda Figueiredo.

Algo insólito acontece 
no meu universo límbico
um  gato persa percorre
o meu tapete felpudo...

Armadilhas da paixão...
Assim,
abandonando-o
veio a insensatez do momento,
a estupidez,
o resgate,
e a lembrança utópica dos exilados...

Já é noite e o gato é quase
pardo...
Sopra um vento,
sinto arrepios
deixo meus rastros
ao som do Dylan
desligo o candelabro italiano
suspendo os meus limites
no lençol  egípcio 
e o veuve clicquot .

Sou quase a rosa colombiana 
do solitário marroquino...

Sinergia perfeita 
de um encontro casual
para nunca mais sair da minha vida...

É uma catarse, 
sonho de uma noite de verão
a releitura de um roteiro ou
resquícios  de uma paixão
nos embalos de sexta-feira à noite
no Baixo gávea.

sábado, 8 de junho de 2013

Mergulho na alma


                               
        Mergulho na alma
                                           Fernanda Figueiredo

Mergulhei no meu mar
para busca-lo
veio uma garrafa verde 
com versos e,
rascunhos  de uma paixão
uma amora
um vinho
um cigarro
e a noite fria de Sampa...
No livro de um ex-guerrilheiro
a garoa e a garrafa.





Desta vez, só mergulhei
para esmiúça-lo
E outra vez, 
pus-me a  enxergar
na sua alma
quase gêmea
uma vontade
de ficar preso
aos seus sentimentos
embaralhados com o tempo
que o faz livre de dogmas e
preso novamente ao eu
um tanto só seu.
Um tanto livre das amarras
das grades, das cascas
das lembranças 
livre,
como as nuvens e o vento...
                                      

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Baia de Guanabara: Símbolo da luta dos ambientalistas...

                                                      Dia Mundial do Meio Ambiente
                                                        Fotos Fernanda  Figueiredo


Ao longo de décadas, a despoluição da Baia de Guanabara foi um desejo dos ambientalistas e dos moradores do Rio de Janeiro. Foram anos de descaso do Poder Público, com inúmeros projetos, recursos internacionais, intenções mirabolantes e nada... "Tudo como dantes, no castelo de Abrantes..."

Agora, espera-se que o governo do estado que assumiu o compromisso de reduzir em 80%, a poluição das suas águas até os Jogos Olímpicos 2016 concretize esse projeto.  São toneladas de esgoto doméstico e industrial despejados, diariamente nas águas da Guanabara.

Uma das maiores poluidoras é a Refinaria Duque de Caxias na Baixada Fluminense.

Na tentativa de amenizar a situação, há atitudes isoladas de ambientalistas de se evitar uma piora nessa degradação ambiental. Na verdade, a Baía de Guanabara, cartão postal, é uma grande lixeira.

Na década internacional da água, é importante que os Municípios do estado, tenham maior cuidado com os seus trinta e cinco rios, evitando-se que as diversas poluições, o lixo, deságuem na Bacia hidrográfica. 

Durante anos da minha vida fiz,quase diariamente, a travessia da Baia de Guanabara na barca que faz a rota Rio-Niterói, e, sempre tive esse desejo de ambientalista de navegar sobre águas translúcidas da Guanabara e cantar Jobim:

"Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades
Rio, seu mar
Praia sem fim
Rio, você foi feito pra mim
Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara..."



segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pensamento do dia...


"Toda arte é imitação da natureza."
                                                       Sêneca
Foto  Fernanda Figueiredo
Meninos, eu vi...

“Sábado vi a deslumbrante lua de maio
No domingo vi um pôr-do-sol de cinema
Na segunda uma chuva de granizo
E  logo depois, um arco-íris infinito...”

sábado, 25 de maio de 2013

Download





DOWNLOAD
                    
                        Fernanda Figueiredo.

Relembro o mau tempo
o nós do passado
e do meu próprio tempo...
Fiz um back-up
guardei um poema
tentei despir-me
diante do espelho
enxerguei as  rugas da alma...
Nem um dom nem alquimia,
transmito-lhe on-line
o nosso momento legendário
Eu, porém, me perdi no tempo...
Fiz um download do passado
aguardo um momento
uma semana
um segundo
que emana
a letargia,no lobo temporal,
determinadas lembranças
aprisionadas...
Pause. Delete...

Um ano de como blogueira



Um ano de blog...

      Nesta lua cheia de maio  é comemorado um ano criação deste blog. Tudo começou por conta das minhas fotos. Para quem não sabe fotografar é um hobby de forma amadora, entretanto, o olhar é maduro...rs  Descobri  esse hobby quando mudei para Brasília. É verdade, `a natureza por aqui é mais próxima da gente, bem diferente de alguns grandes centros urbanos,  onde é  necessário deslocamento para  contemplá-la.

   Em Brasília, ao sairmos de casa já nos deparamos com árvores frutíferas, mil passarinhos... Na  capital à natureza se integra perfeitamente ao homem. Gosto de fotografar os ipês, as paineiras, quaresmeiras, sibipiruna, fava de bolota, e os flamboyants. Como Brasília é a capital de todos os brasileiros, àrvores de todas as regiões aqui foram plantadas. No entorno do plano piloto  espécies do cerrado predominam.

    Nos arredores de Brasília são inúmeras cachoeiras, o cerrado é a caixa d’água do Brasil, nele nascem importantes bacias hidrográficas. Além, do céu deslumbrante e do pôr-do-sol de cores vibrantes, o céu de Brasília nos brinda com arco-íris, ocasião em que faço um pedido para encontrar o meu pote de ouro..rs!

    Por tudo isso, iniciei  este blog, de formato simples, sem muitos recursos e poluição visual. O intuito era   que os seguidores pudessem contemplar as fotos que retratam essa magia,  toda beleza do cerrado e de outras regiões. Logo, coloquei textos, poesias minhas (sem pretensão de entrar pra Academia, mas um estado de espírito), algumas denúncias, dicas de filmes, crônicas, cultura geral, meio ambiente . Pronto, estavam prontas as postagens!

    Tentei fazer o mais “leve” possível, evitar textos enormes.  Qual não foi a minha surpresa, quase quatro mil acessos, no primeiro ano, sem fazer nenhuma grande divulgação, apenas, costumo encher o saco dos que me são próximos: ‘Faz parte do processo, aprendemos todos juntos. Como dizem: Propaganda  é a alma  do negócio...

     Quero agradecer os acessos, os elogios. Na verdade, não tenho nenhum receio de me expor, acho que as redes sociais tem esse papel, sem volta, mas tento evitar ao máximo, colocar as minhas fotos pessoais, nada contra, apenas, para não sair do foco. Agora, opinar, discutir, colocar ponto de vista é salutar para   sobrevivência do blog. É importante acompanhar essa evolução tecnológica. O nosso tempo é agora. Você pode se desnudar com certo senso crítico, sem medo de ser feliz, dá o seu recado sem apelar e, sobretudo, saber administrar às suas andanças nas redes sociais e o que isso pode causar de consequências negativas. Para se criar um blog é preciso assumir posições, alguma vivência, saber argumentar, buscar o pleno exercício da sua cidadania. Sobretudo, atitude!

     O blog foi um alento para uma fase bem difícil que vivi de perdas na família. Por outro lado, acho que já fazia blog na minha adolescência, blog que não era blog, nem existia computador, mas o formato era o mesmo. Chamava-se “O Formigão”, com todas as notícias da família, feito em papel cartolina, quando se abria parecia efeito sanfona. Nesse jornal, também, havia humor, dicas, coluna social. Ainda, guardo alguns exemplares. O bom do blog é que a plataforma é disponível ao cidadão do mundo. Tenho tido acessos em vários países e esse alcance faz toda  diferença.

     Comemoro o alcance do blog e confesso: às vezes me dá um tremendo trabalho, às vezes “enche o saco”, às vezes, a gente vibra com os acessos, o progresso, ou lamenta total falta deles. Às vezes, pergunto como tive coragem de postar isso...! Às vezes, faço uma postagem para os amigos, ou para alguém em especial, faço para um desconhecido, às vezes, gosto de postar para que a beleza do nosso país possa ganhar o mundo...

    Escrever é uma arte... Acho que não tenho esse talento, mas arrisco... Hoje, escrevo com mais responsabilidade, quando jovem escrevia o que me dava na telha,magoava quem não queria magoar. Escrever com raiva, então, é o pior castigo, prevalece o jogo de palavras duras, que nem sempre expressam nossos sentimentos mais profundos. Atualmente, me interessa escrever sobre o que há de produtivo, interessante, distribuir gentilezas, semear o trigo, enfim, o amadurecimento nos causa uma ebulição emocional e uma amplitude mais filosófica da vida. E, como veremos, o blog vai entrar nesse foco mais místico, de compreensão da vida como algo passageiro e vislumbrar nessa nossa breve caminhada uma LUZ que ilumine a todos!
                                                                 NAMASTHÊ!

* Esse bolo confeitado ganhei da querida Gigi, ocasião, do meu aniversário nas minhas visitas ao Rio de Janeiro/2012 Obrigada.