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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Poema de Vida

Foto Fernanda Figueiredo

                      Poema de Vida
                     
                                                       Fernanda Figueiredo.

Quero dizer
de um desejo
assim...

            como as ondas do mar e os pingos de sal
            sobre  mim

longe das praias urbanas
que não me seduzem mais
Quero dizer
dessa minha liberdade de brincar com a vida
com as vibrações e as energias
de me encarar sem subterfúgios















do meu medo do meu medo
de ser um touro
às vezes,
um bichinho de pelúcia.


Da vontade imensa de 
dispensar fatalidades
de transformar o impossível no imediato
de  romper  minhas grades
e reconstruir minhas ruínas

Quero dizer
meio sem jeito
da dualidade permitida
da natureza dos sentimentos
que me despe

Às vezes,
omissão com a vida
ou paixão de prolongar as aventuras
E que das ilusões sofridas
resiste sempre uma verdade
que pode ser ou não
a sua...

Que não gosto de dividir o meu eu
entre risos e riscos
prefiro o mistério
amar mais de um entre poucos...

Quero dizer
da beleza da flor de cactos
da meditação que rompe
neste ano que não acontece quase nada...

1990-1991

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