01-RIO PARAÍBA DO SUL-RJ
Outros acidentes recentes que
causaram estragos no rio Paraíba do Sul
1982 – Vazamento da Cia.
Paraibuna de Metais, com o rompimento de um dique de contenção de rejeitos no
rio Paraibuna, que carreou resíduos de metais pesados (cromo e cádmio) e outras
substâncias tóxicas, contaminando o rio Paraíba do Sul desde a confluência com
o Paraibuna até a foz.
1984 – Acidente rodoviário em que
um caminhão despejou 30 mil litros de ácido sulfúrico no rio Piabanha.
1988 – Vazamento de óleo ascarel
contido em 3 mil litros de água utilizada para apagar o incêndio em transformadores
na Thyssen Fundições.
1989 – Acidente com um caminhão
tanque de metanol que despejou o produto no rio, na altura de Barra do Piraí.
2003 – Vazamento de mais de 20
milhões de litros de soda cáustica no rio Pomba, provenientes da indústria
Cataguazes de Papel. Acidentes de menores proporções ocorreram em 2006 e 2007,
sob responsabilidade da mesma indústria.
2008 – Vazamento de pelo menos 8
mil litros do agrotóxico endosulfan no rio Pirapetinga, afluente do Paraíba do
Sul. Aproximadamente 100 toneladas de peixes foram mortos, em período de
desova. Não há medições sobre danos à saúde das populações atingidas, mas o
produto é altamente tóxico, banido em diversos países.
02- RECIFE -1983
Pescadores protestaram contra o
lançamento do vinhoto das usinas de destilarias nas praias, que resultou em uma
mancha negra do produto com 18 quilômetros de extensão no litoral ocasionando a
morte de mais de cem toneladas de peixe. No ano seguinte, foram acusados três
usinas pelo acidente ambiental: Companhia Usina Tíuma, Alvorada Agropecuária
Ltda. E Liberdade Agroindustrial. Em 13 de novembro de 1984 os ex-presidentes e
ex-vice presidente da Companhia de Controle da Poluição foram condenados por
terem autorizado o despejo do vinhoto.
03- CANAL DE BERTIOGA E RIO
IRERÊ
A Firpavi, empreiteira
responsável pelas obras da rodovia Rio-Santos no trecho entre Bertioga e
Cubatão, removia pedras da estrada quando uma rocha de duas toneladas rolou e
esmagou as tubulações do eleoduto que liga o Terminal Marítimo Almirante
Barroso à Refinaria Presidente Bernardes. A Petrobrás estimou 1.500 toneladas a
quantidade de óleo que espalhou-se em dez quilômetros quadrados do mangue,
invadiu o Rio Irerê os vinte quilômetros do Canal de Bertioga. Pouco tempo
depois, dois acidentes similares agravaram a situação. Os prejuízos ecológicos
foram considerados catastróficos.
Fonte: Revista Exame, Ecodebate,
Gestorwilliam.blog., Rádio Globo.
04- LAGO DO BATATA-PARÁ
A
Mineração Rio do Norte destruiu completamente o lago do Batata, área de 2.100
hectares em que despejava, sem dó nem piedade, durante 10 anos (1979-1989), 2,4
mil metros cúbicos por hora de resíduos da lavagem da bauxita. Os restos do
minério envenenaram as águas, que se tornaram vermelhas, mataram os peixes e
deixaram sem comida cerca de 100 famílias, que moravam na região e tiveram que
procurar outra fonte de sobrevivência. A lavagem da bauxita era feita
diretamente no lago, que funcionava como depósito. Estima-se que tenham sido
lançadas 1,5 milhão de toneladas de rejeitos por ano no lago. Até meados de
1984, os rejeitos eram lançados no igarapé Caranam, que drena para o Batata.
Com o esgotamento do curso d’água, passaram a ser lançados em outros pontos e
no igarapé Água Fria. O alto nível de assoreamento do lago colocou em perigo de
contaminação até o rio Trombetas, o que motivou a construção de uma barragem
com 10m de altura para impedir o transbordamento. Um escândalo, mesmo naqueles
tempos em que não havia lei ambiental no Brasil.
Outros
desastres ambientais vêm acontecendo no Pará, e todos têm sido tratados
isoladamente. Em 2004 e 2009, em Barcarena, as bacias de contenção de efluentes
das fábricas Albrás e Alunorte transbordaram, ferindo de morte o rio Murucupi.
Já na Ymeris Rio Capim, que opera com Caulim desde 1996 e em 2010 adquiriu a
Pará Pigmentos S.A. e tem a maior planta de beneficiamento de caulim do mundo e
71% de participação na produção de caulim no Brasil, em junho de 2007 os
tanques de contenção de rejeitos da empresa transbordaram e 200 mil m³ de
efluentes tomaram as águas do rio das Cobras e os igarapés Curuperé e Dendê,
entre outros. Por conta do acidente, a Semas multou a empresa em R$ 5 milhões.
Em março de 2008, novo vazamento da bacia de rejeitos agravou ainda mais a
situação dos moradores da Vila do Conde que de novo se viram impedidos de usar
os recursos hídricos da região. Foram atingidos os igarapés Curuperé, Dendê e
São João, além da praia de Vila do Conde e o rio das Cobras. No ano passado os
moradores denunciaram outro vazamento. Os acidentes integram o Mapa da
Injustiça Ambiental da Fiocruz.
Fonte: Geocidades e
Blogs
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