Histats

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Um hobby

Descobri que a fotografia é verdadeiramente um hobby. De fato, este olhar para a arte de fotografar se deu com a minha mudança do Rio de Janeiro para Brasília. Foi aqui que despertei para o click. Embora, lógico, a cidade maravilhosa seja  ideal para se eternizar uma bela imagem.Todavia, em Brasília acontece algo diferente, fico extasiada com a beleza do cerrado, com as árvores, com a flora das mais diversas regiões do país. Por aqui as pessoas vivem em seus automóveis, fica quase imperceptível observar essa beleza escondida nas linhas retas da nossa capital.

Minha sobrinha me presenteou com uma máquina fotográfica. Na época,  a máquina era com uso do  disquete. Já havia tido outras, mas sem grandes emoções. Logo, veio à revolução tecnológica dos celulares, todo mundo virou paparazzi e as máquinas com disquete saindo de uso. Ela, então, me deu outra. Bem fácil de manusear. Porém, trata-se de uma máquina simples e eficiente, que fiz a maioria destas fotos. Daí, selecionei algumas, as que mais admiro. Todas foram feitas aqui em Brasília, asa norte, asa sul, lago norte, por aí...

Não participo de concurso de fotografia, pois me falta técnica. Frequento sites de fotografias e quando vejo fotos extraordinárias, fico pensando em ter um equipamento melhor, capaz de competir. Porém, não é minha praia. Gosto mesmo é de desafiar o olhar. E o prazer neste resultado é o que faz toda a diferença! Segundo Sebastião Salgado para fotografar é preciso ser fotógrafo profissional. O que todo mundo faz com estas novas tecnologias é trabalhar com a imagem.  

  fotos  Fernanda Figueiredo


















Paranoá-DF













terça-feira, 29 de julho de 2014

Texto do Mário Lemes

O que é um coxinha? 

Trata-se de uma expressão muito usada, ultimamente, para definir um determinado tipo de pessoa. Pesquisei na internet e  achei  "delicioso" texto do Mario Lemes. Suscitou uma discussão interminável  no  seu blog trazdoarmário. Visite-o.



Em primeiro lugar, preciso dizer que eu, como a esmagadora maioria do povo heroico desta pátria amada, amo coxinha (s.f. quitute). Desde as do Veloso até as do boteco da Vieira de Morais que divide a estufa com o ovo rosa.

Muito se fala sobre os coxinhas (s.m. tipo de ser humano). A gíria nasceu em São Paulo , que é, por si só, o maior reduto de coxinhas do Brasil. O que pouca gente sabe é o que é de fato um famigerado coxinha, e foi por isso que eu resolvi escrever esse texto e delimitar um significado definitivo pra essa gíria.

“Significado definitivo? Que moleque pretensioso!”, diria você, caro leitor. Mas “definitivo” é o tipo de palavra que os coxinhas adoram. Eles gostam de limitações, definições, certezas. Se tem um tipo de gente que não troca o certo pelo incerto, são os coxinhas. Tudo que um representante nato da categoria mais quer é constituir família, sustentar a mulher e os filhos, e que todos tenham boas notas no colégio e que vão pra Disney todo ano.

No fundo, o coxinha quer uma vida que os jovens de várias gerações lutaram para poder NÃO ter. Mas nem todos admitem isso. A verdade é que o coxinha não gosta de se arriscar. Em nada. Pra não ter perigo de errar, pra não deixar de ser querido, etc. O pastel, por exemplo, abre possibilidades para todo tipo de recheio. A coxinha, não. Nunca. É frango desfiado e só. Catupiry, se muito, dá o ar da graça. E pedir uma coxinha sempre é menos arriscado do que pedir um bolovo, por exemplo.

O coxinha não toma bomba no colégio e raramente tranca uma faculdade. O que ele quer é “ingressar no mercado de trabalho”. A primeira vez que o coxinha bate ponto, ele quase tem um orgasmo. É a construção do seu futuro e da vida empanada que sempre planejou. A mamãe do coxinha se contorce de orgulho do filho, ainda mais quando – depois de já estar empregado e casado com uma boa moça – ele lhe dá o primeiro neto.

O coxinha adora o Coldplay e acha incrível a filantropia do Bono Vox. Na literatura, ele sempre recomenda para a roda de colegas no almoço da firma todos os livros do ranking da Veja. E, se falar de cinema, o coxinha divagará sobre grandes trilogias (as quais comprou em boxes, na Fnac). Todos seus gostos e interesses são baseados em unanimidades. Porque, se não dá para agradar a todos, o coxinha tenta agradar pelo menos à maioria.

A camisa polo, símbolo máximo do gênero, é outra forma de destoar o menos possível. Ela não é nem casual demais para uma festa, nem formal demais para um passeio no parque. Então, o coxinha deita e rola. Suéter enrolado no pescoço também é um bom complemento para as meias estações do coxa, mas não é obrigatório. Ah, e o coxinha chama tênis de sneaker para fazer de conta que um é diferente do outro. 

Ao contrário do que se pensa, a condição coxinha não tem necessariamente a ver com dinheiro. Existem coxinhas que ganham 100 mil reais por mês e coxinhas que sustentam a família feliz com quatro salários mínimos.

Metódicos, os coxas povoam avenidas movimentadas como a Faria Lima e a Berrini. E seus olhos chegam a ficar marejados quando passam com seu sedan prata na ponte estaiada. “Esse é o símbolo da nossa cidade, a locomotiva do país”, diria o coxinha para o seu filho que já tem a cara do pai, só que numa versão buffet infantil.

E engana-se quem acha que a tribo dos coxinhas se limita aos escritórios cinzas. Eles podem estar em toda parte: nas artes, nos esportes, na medicina e, muito frequente a partir dos anos 2000, na publicidade. Quando você vir o comercial de um banco com pessoas sorridentes e narrador com timbre épico, pode ter certeza: tinha um coxinha na reunião de brainstorming que, depois de contar sua “ideia genial”, foi aplaudido por mais meia dúzia de coxinhas.

Pra terminar, digo que um coxinha jamais faria mal pra você enquanto indivíduo. O problema é o impacto social dos coxinhas que, sem declararem nada, acordam todos os dias e vestem suas camisas azuis-bebê na busca pela extinção da ousadia e por uma sociedade oleosa e simétrica. Uma grande coxinha. ( do  site trazdoarmário.com)

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Um céu estrelado...


Imaginemos um lugar onde nos sentimos cobertos por um majestoso céu estrelado.

No meio do Alentejo, em Portugal, o maravilhoso céu do Alqueva parece um veludo escuro revestido por um imenso manto de estrelas. É uma área protegida e certificada internacionalmente, registada como uma reserva Dark Sky, ou “Starlight Tourism Destination”, que se estende por uma área de cerca de 3000 quilómetros quadrados.

A sensação é indescritível e normalmente apenas possível de forma artificial, num planetário, onde nos sentamos confortavelmente para uma lição sobre as estrelas. Em Portugal, temos a sorte de ter essa sensação ao ar livre.

Tendo o lugar sido reconhecido como preferencial para observação do céu, os municípios em redor do grande lago do Alqueva – Alandroal, Reguengos de Monsaraz, Portel, Mourão, Moura e Barrancos - juntaram-se num esforço para preservar essa característica especial e, por isso, à noite, baixam as luzes públicas ao mínimo para possibilitar um melhor usufruto deste fenómeno da natureza.(Reprodução)

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Brasília de outro ângulo!

Brasília é uma cidade projetada, horizontal. Quase não existem arranha-céus. Entretanto, no setor hoteleiro, têm surgido construções verticais, modernas, exuberantes. Talvez, seja necessário diminuir o uso exacerbado de vidros espelhados. Deve ter um motivo para essa preferência. Todavia, quando  construídos próximos à flora do cerrado fica complicado. Os passarinhos batem nas vidraças (é a imagem refletida), e   morrem. Passam horas  tentando  bicar a própria imagem nos vidros espelhados. Acredito que   essa tendência poderia diminuir e tentar uma arquitetura mais adequada para Brasília. É sabido que nossa Capital é um imenso jardim, possui muitas árvores e pássaros. Torna-se-ia necessário harmonizar tudo isso.




Fotos Fernanda Figueiredo


sexta-feira, 11 de julho de 2014

Copa do Mundo: Jogo Brasil x Alemanha

Boletim da Copa nº 7 – Jogo Brasil x Alemanha

Hoje, acordei com ressaca sem ter bebido. Parece que levei uma surra. Logo, veio à vaga lembrança da derrota, não era sonho.

Levantar  poeira, e dá a volta por cima?

Acho que o melhor caminho é o humor, são boas tiradas, o brasileiro sabe fazer isso como ninguém. Vamos extravasar esse sentimento de derrota, vexame, humilhação e tentar superá-lo.

Nunca acreditei que a seleção tivesse um time forte, coeso, guerreiro, para chegar à final. Desejava a seleção entre as quatro finalistas. Por outro lado, nunca pensei em uma derrota desta forma. Eu, mesma, fiquei sem entender  ao ouvir tanto gol da Alemanha, gol da Alemanha,gol da Alemanha, gol da Alemanha, gol da Alemanha, gol da Alemanha, gol da Alemanha. 

Tivemos ao longo da Copa, outras seleções com destaque fabuloso, como a da Costa Rica, por exemplo. Faltava algo na seleção brasileira. E, para não deixar dúvidas, cansei de falar que uma andorinha só (Neymar), não faz verão, muito menos, na final de Copa do mundo. E a seleção era dependente do craque. Mas, a animada torcida brasileira empurrou a seleção brasileira até onde pode. 

Infelizmente, o Mineirão tornou-se palco de grande sofrimento para o torcedor brasileiro tanto na partida do Chile e agora da Alemanha.

Para falar a verdade, não deu tempo de sofrer, não teve confronto, foi entrega total. Os torcedores foram pegos de caças curtas.  Não dava para acreditar que a seleção do Felipão iria entregar a faca e o queijo para os alemães, que souberam empurrar sete gols na rede brasileira. Não deu tempo para rezar, fazer mandinga, nada. Foi uma hecatombe. Impactante. 

Veja, que apesar de tudo, iremos torcer, ainda, pela nossa seleção. Não tenho, portanto, ilusão que será fácil o jogo contra a Holanda, outra seleção de  muito sucesso na Copa.

Fantástico o trabalho da equipe alemã, que usou de planejamento estratégico. Soube aproveitar as belezas da Bahia, bem no clima da Tieta, pegaram uma praia, dançaram com os índios, fizeram até um passeio de barco em cada um tinha que desempenhar uma função, e souberam trabalhar ao longo dos anos, esse trabalho de equipe. Todos hão de entender que é preciso modernizar o futebol brasileiro, novas táticas, estudar adversário, ousar. Se o Brasil tivesse tido futebol arte nem importava em ganhar copa, mas não se viu nada disso e sim, muito improviso. O único momento mágico do Brasil foi naquele primeiro tempo na partida contra a Colômbia.

Somado tudo isso, as pessoas confundem e, aproveitam a derrota para hostilizar tudo e todos e não sabem separar, já falam mal o país, não é por aí... Tá certo, não há clima o cotidiano verde e amarelo é cinzento, mas bola pra frente!

sábado, 5 de julho de 2014

Saudades da Copa?




BOLETIM

O MELHOR DA COPA

-Torcida japonesa que recolheu lixo após jogo.
-O paredão Uchoa-goleiro do México.
-Chocolates do estádio Fonte Nova em Salvador.
-David Luís consolando Jamez
-Costa Rica, a zebra da Copa.
-Príncipe Harry
-Torcidas do México, Colômbia,Chile e Argentina.
-O mantra de Chi-le-lê
-A simpatia dos Holandeses
-A brasilidade dos alemães
-0 povo brasileiro.
- A estrutura dos serviços que funcionou. (os aeroportos, estádios, sem apagão (só o da seleção)
-Os turistas estrangeiros
-Os memes
-O torcedor brasileiro (apesar do sofrimento, deu show!)
-O encerramento da Copa melhorou bastante com muitas personalidades e autoridades internacionais.
-Destaque como  jogador: Robben
-A brazuca
-A seleção Alemã
-Fan fest
-Goleiro da Alemanha Neuer
-O torcedor que enfiou uma melancia na cabeça
-Cobertura da Band.
-A dança  dos pataxós que os alemães fizeram no Maracanã.
-O estilo dos técnicos, Van Gaal, J. Löw, José Luis Pinto (C.Rica)
-O artilheiro James Rodrigues
-Seleção alemã
-Götze,
-O brasileiro polonês alemão Podolski,
-Klose
-O tatu-bola com mais consciência do povo para preservá-lo.
-Caiu no gosto musical dos  gringos: Aquarela do Brasil de João Gilberto: Brasil, Brasil!
-A capela do Hino Nacional.
-A Paz, a  confraternização dos povos, a festa.















O PIOR DA COPA:

-Abertura da Copa
-Musica da torcida Argentina: Brasil, decime qué si siente.... Maradona é melhor que Pelé.
-Vaia ao Hino do Chile
-Alguns árbitros
-mordida do Luíz Suarez
-Vaias e xingamentos que atingiram Pres. Dilma na abertura e na final.
-Vexame da seleção de Gana
-Alguns comentaristas torcendo contra.
-Mick Jagger
-A falta de criatividade de musicas da torcida brasileira
- lesão de Neymar
-O  jogador da Colômbia Zúñiga
-O 7x1 da seleção  Brasileira
-Fuleco que quase não se destacou
-Pânico da Band (brincadeiras sem graça com os turistas)
- decepção: Espanha, Portugal e Itália.
-o nosso subconsciente, tome gol da Alemanha, gol da Alemanha e por aí vai.
-A  frase do Felipão: “Com esta seleção irei até o inferno”













terça-feira, 1 de julho de 2014

Brasília na Copa




Fotos  Fernanda Figueiredo



Deu no New York Times e fui verificar. Turistas encantados. Brasília melhorou muito com a realização da Copa. Na Torre de TV, próximo ao estádio, sem dúvida, o espaço ficou bacana. A Fonte deu um charme especial. Vamos aos pontos positivos e negativos na preparação da nossa cidade para receber bem os turistas na avaliação que fiz:

Pontos positivos:


-O Aeroporto. Com um probleminha aqui ali de infiltração, mas os elogios são maiores. É de primeiro mundo, dizem.

- A Torre  de TV, ficou muito boa a reforma. A Feira de artesanato estava decorada  de artigos da copa, na Praça da alimentação, ponto de encontro de muitas torcidas sul-americanas, a refeição poderia ser comprada por R$ 12, 00 o prato.

-O buraco do Tatu. 
-A nova frota de ônibus serviu bem aos turistas. Os ônibus grátis da rodoviária do plano ao estádio Mané Garrincha foi providencial.
-A cidade limpa.
-A esplanada verde e amarela.
-A decoração do Conjunto Nacional para a Copa.
-Aquecimento da economia.
- A torcida do Mané. Sempre Show!


Pontos negativos:


- As passagens subterrâneas não foram revitalizadas.
-A rodoviária do Plano não ficou pronta.
- A Torre Digital me falaram que estava fechada.

-A Fan Fest poderia ter sido em alguma área verde próximo ao plano. O turista teve que descer na Praça do Relógio e andar por 2 Km  no sol escaldante não foi nada fácil. Por outro lado, a região de Taguatinga, Águas Claras carece de eventos. Nesse sentido, foi bom para os moradores.
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- A Fifa poderia ter mudado o horário dos  jogos em Brasília. Colocar gringo para jogar às 13 horas em sol escaldante que nem o morador da cidade suporta é falta de senso. 

-Faltou informação ao turista em pontos estratégicos. Campanhas de como receber bem o turista. Houve dificuldade de comunicação com os  gringos, em bares, restaurantes, pontos turísticos. No final, terminaram se entendendo, no jeitinho brasileiro. 


No saldo geral: Foi tudo Show de  bola!