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sábado, 29 de março de 2014

Puxadinho no Congresso...

Foto Fernanda Figueiredo

Visitei o Congresso Nacional e fiquei chocada com as modificações na obra de arquitetura arrojada. Foram muitas alterações, modificações no seu layout. São diversos puxadinhos. Com certeza,  deve haver pressão por parte de parlamentares para conquista de  mais espaço, acomodação de seus funcionários, consultórios, restaurantes, salas de comissão, etc. Porém, nada justifica essa  alteração da obra de Oscar Niemeyer.

Trabalhei por quatro anos na casa e gostava dos amplos espaços, salões. Implicava com os tapetes, que escondiam os ácaros nos corredores e próprios de gabinetes fechados. Acho que após muitas queixas mudaram o piso.

O Congresso é uma cidade. Tem mais gente do que qualquer Shopping. Brasília é uma cidade que não se encontra multidão nas ruas. No Congresso Nacional ocorre o contrário, a Câmara e o Senado recebem milhares de pessoas, com propósito de defender interesses de categorias, turistas, é um palanque para tudo e todos.

Inclusive, após ter constatado essas  mudanças, foi publicada uma matéria  no “Correio Brasiliense” sobre o assunto que transcrevo parte do texto, abaixo:


Foto Fernanda Figueiredo


“Amante das curvas, dos traçados livres e do espaço vazio, Oscar Niemeyer projetou o Congresso Nacional. Arquiteto renomado criou uma planta única, inovadora, que destoava de todos os palácios tradicionais — de famílias reais — que marcavam a época, na década de 1950.
Pela primeira vez no Brasil, parlamentares da Câmara e do Senado seriam unidos em um só prédio. E teriam que aprender ali a circular pelo mesmo espaço. Oscar Niemeyer previa uma ocupação adensada no Congresso. Antes mesmo da inauguração, estudou a ampliação da construção para comportar — à época, em meados de 1957 a 1960 — os 389 parlamentares: 63 senadores e 326 deputados.
 Construiu o anexo 4, ligado ao principal edifício em grande estilo, com luxuosa passagem entre as casas. Só não conseguiu antecipar que a medida não seria suficiente para tantos cargos e que os vãos, típicos das obras dele, acabariam ocupados por salas de lideranças, reuniões, postos médicos, gabinetes, lojas. “(Naira Trindade)








sábado, 1 de março de 2014

Casa da Roça


No carnaval maranhense sobrevive uma tradicional brincadeira: A CASINHA DA ROÇA. Foi na década de 40, que alguns foliões, pegaram um caminhão e na carroceria, eles recriaram o cenário de uma casa típica do interior do Maranhão. Toda de palha.

A casa da roça é  toda decorada com chita e enfeites típicos, fogareiro, lamparinas, redes, cestos, balaios, peneiras, abanos, panelas de alumínio, e outros utensílios domésticos da região. Afora isso, não pode faltar à boa farinha e uma providencial cachaça.

Para completar o ambiente da casinha da roça, sobem no caminhão as mulheres do Tambor de Crioula, que começam a rodopiar, ao som dos pandeiros, com suas coloridas  saias, colares, perfumes e  flores no cabelo. Em algumas ocasiões são transportadas as quebradeiras de coco, as mulheres arriscam a peneirar arroz, oferecem o arroz de cuxá,  preparam um café, como se estivessem em casa, recebendo os foliões, na maior cantoria. Está pronta à festa popular.

O caminhão se desloca pelas ruas bem devagar. Os brincantes descem do carro e animam quem acompanha a tradicional brincadeira, peculiar do estado do Maranhão.