O movimento DIRETAS JÁ completa 30 anos. O Brasil iniciava um movimento histórico, que, mais tarde, se tornaria da maior importância para o fim do Regime militar. Lembro que estava no grande comício das "Diretas Já" na Candelária e guardei esta lembrança acima, para mostrar para futuras gerações, que nada veio com facilidade, foi preciso muita LUTA!
Histats
sábado, 25 de janeiro de 2014
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Brasília: Um sonho sonhado
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Fotos Fernanda Figueiredo- Asa norte-Brasília-Brasil |
Brasília: Um sonho sonhado
P/ Fernanda Figueiredo.
Brasília é uma cidade interessante em muitos aspectos. A região do Cerrado é considerada “caixa d’água” do país ou “Berço das águas”. Daqui partem três das maiores bacias da América do Sul: as bacias do São Francisco, do Tocantins-Araguaia e do Paraná. Todavia, a água não é abundante. Apresenta boa qualidade, portanto, é essencial evitar-se o desperdício.
Além disso, o céu daqui é um espetáculo estonteante, esplêndido. O Lago do Paranoá é majestoso. E a cidade possui uma arquitetura moderna.
Porém, o que mais me encanta é a quantidade de árvores plantadas no plano piloto, e na região do lago sul e norte. Ao sair a caminhar, encontro pés de amora, fruta-do-conde, goiaba, abacate, manga. No dia de Reis, precisei de uma romã. Próximo de casa encontrei um pé e pude economizar R$ 27,00 no supermercado. Semana passada necessitava de erva cidreira e encontrei na quadra. Observei em alguns blocos que o pé de manga oferece seu fruto direto na janela do morador da cidade. Curioso!
Fico pensando em criar uma campanha para que os frutos sejam recolhidos, antes que caiam no chão. Deveria ser uma preocupação das prefeituras das quadras. Não estou falando de 30, 50 mangas, mas de toneladas... Poderiam ser doados para creches, asilos, moradores interessados, regiões carentes. O mesmo acontece com abacates, jacas, são milhares que se estragam. Pena!
Talvez, os fundadores da capital desejassem reflorestar com árvores frutíferas de várias regiões, para que o candango tivesse sua região aqui representada, com sua flora e frutos. Muitas das espécies se adaptaram muito bem ao cerrado. Algumas são endêmicas. Outras árvores são criticadas (apesar de adoráveis), como os pés do Jamelão, originária da Índia. Os seus frutos caiem e grudam no sapato ou fazem escorregar as motocicletas.
Se a árvore é típica do cerrado ou não, isso pouco importa, todas devem ser respeitadas, porque trazem sombra, melhoram o clima de deserto, muito seco. Sou contra o corte sem autorização, sem estudo prévio. Na quadra 405 Norte, cortaram vários pés de fícus centenários. Não se sabe a razão.
Existe uma política da Novacap de somente plantar mudas do cerrado. Tudo bem é um bioma bastante ameaçado, mas foram plantadas árvores exóticas, inclusive, algumas dão problemas, vamos observá-las, mas nada de cortes. O pé de monguba, originária da região amazônica, a espécie é constantemente atacada por besouro e começa apodrecer, restando à alternativa de corte. Por que não tratá-la antes?
Há cortes, podas desnecessárias, mas a Novacap sempre esclarece que: “O Departamento de Parques e Jardins é formado por engenheiros florestais experientes e obedecem ao Decreto 14.783/93.” Afirmam que “a cada árvore nativa cortada são plantadas outras 30, e para as exóticas, são repostas 10 novas árvores.” Em alguns casos tem que haver podas regularmente, porém, orientadas. No Parque Olhos D’Água, alguns postes estão sendo imprensados por galhos de árvores. Quem caminha observa a necessidade de poda. Todavia, há abusos ou, como disse, falta supervisão.
Curioso é que os moradores não pegam as mangas, abacates, os frutos em geral. Os que o fazem, geralmente são os porteiros, trabalhadores da quadra. Ainda bem! Há uma questão cultural aí. A Cidade tem alto poder aquisitivo, isso, talvez, impeça os moradores de aproveitar o que a capital oferece. As pessoas vivem em carros, a cidade é um autorama. Não há tempo para aproveitar a qualidade de vida desta cidade, apreciar o verde, os passarinhos, o pôr do sol...
Quando aqui cheguei observei que o Lago também era pouco frequentado pelo cidadão comum. Comecei a organizar festas em barcos e com isso, muitos moradores do entorno - para o qual o lago poderia ser inacessível- passaram a aproveitar mais este lazer e conhecer esse belo cartão postal da cidade.
Como no sonho de Dom Bosco, a cidade começa a jorrar mel... Um sonho que começa a dar samba: “Sonhei que estava sonhando um sonho sonhado...”
sábado, 18 de janeiro de 2014
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
A especulação imobiliária no DF...
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Fotos Fernanda Figueiredo |
Esta foto fiz ao acaso, ao fazer um passeio em torno da rodovia DF-140 ao sul de Brasília, após a cidade de São Sebastião. Tomei um susto, porque difícil imaginar que no Cerrado se encontre um cenário (foto) como este. Por alguns instantes, pensei que estava em Minas Gerais. Ao que informaram que nessa região serão construídos condomínios de luxo, postos de gasolina e shoppings.
Segundo o CB “Os terrenos da região sofreram uma valorização que impressiona até os especialistas. Em 2003, um lote no Condomínio Reserva Santa Mônica, um dos maiores da área, custava R$ 45 mil. Hoje, o mesmo terreno não sai por menos de R$ 450 mil. O horizonte livre, coberto de matas, cachoeira, fazenda, e o relevo de vales atraíram investidores e brasilienses interessados em um novo conceito de moradia. A nova cidade provocará um adensamento populacional em uma região tomada por condomínios horizontais irregulares e muita mata nativa. A ÚLTIMA MALHA URBANA A SER HABITADA NO DF ESTÁ SITUADA A 30 KM DA RODOVIÁRIA DO PLANO PILOTO."
Dois condomínios de luxo construídos recentemente no local, o Santa Mônica e o Alphaville. O novo bairro também fica em uma área próxima à natureza, a poucos quilômetros da Cachoeira do Tororó.
Ambiente verde, bucólico. Mais uma vez, a especulação imobiliária avança sobre Brasília, que cresce desordenadamente.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
A outra Brasília subterrânea
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Fotos Fernanda Figueiredo |
Vejam estas passagens subterrâneas em Brasília! Elas estão em estado vergonhoso de conservação, representam um péssimo cartão postal para uma capital, cuja arquitetura é referência mundial.
Para o pedestre é algo tenebroso, as passagens são sujas, escuras, perigosas, pichadas. Parece terreno de ninguém, alguns a fazem de banheiro, existem roedores no local, roubos e mau cheiro. Esse quadro aterrorizador faz com que o pedestre prefira atravessar perigosamente, se arriscar, no Eixão. Passa governo entra governo e fica tudo na mesma. Não há revitalização, não há idéias inovadoras. O que fazem é sempre maquiagem, pintam e os pichadores retornam. As passagens são lavadas e não adianta, há constante troca de lâmpadas e estas estão constantemente quebradas.
O ideal seria colocar câmeras para inibir ação de pichadores e ladrões, colocar guardas, ou vendedores de flores, bancas que os proprietários pudessem cuidar do ambiente.Porém, como tudo aqui é tombado, modificações mais drásticas não devem ser permitidas.
Se nada disso for possível, uma esteira para terminar mais rápido o sofrimento do pedestre...
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