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Fotos Fernanda Figueiredo |
Vejam estas passagens subterrâneas em Brasília! Elas estão em estado vergonhoso de conservação, representam um péssimo cartão postal para uma capital, cuja arquitetura é referência mundial.
Para o pedestre é algo tenebroso, as passagens são sujas, escuras, perigosas, pichadas. Parece terreno de ninguém, alguns a fazem de banheiro, existem roedores no local, roubos e mau cheiro. Esse quadro aterrorizador faz com que o pedestre prefira atravessar perigosamente, se arriscar, no Eixão. Passa governo entra governo e fica tudo na mesma. Não há revitalização, não há idéias inovadoras. O que fazem é sempre maquiagem, pintam e os pichadores retornam. As passagens são lavadas e não adianta, há constante troca de lâmpadas e estas estão constantemente quebradas.
O ideal seria colocar câmeras para inibir ação de pichadores e ladrões, colocar guardas, ou vendedores de flores, bancas que os proprietários pudessem cuidar do ambiente.Porém, como tudo aqui é tombado, modificações mais drásticas não devem ser permitidas.
Se nada disso for possível, uma esteira para terminar mais rápido o sofrimento do pedestre...
Fernanda, como pedestre já vivenciei tudo isso que você narra e muito mais. A tal da "liberdade de expressão" que muito se defende neste País, pós-ditadura, parece estar sendo confundida com anarquia ou alguma outra coisa porque o que se lêem nessas paredes são mensagens ofensivas ou constrangedoras muitas das vezes. Isso não pode ser arte de rua absolutamente! A arte pode até incomodar a quem passa, chamar a atenção, mas a vulgaridade, o uso incorreto de nosso idioma e palavrões, realmente ultrapassam uma linha que não é de censura, mas de compostura, de respeito aos valores perenes da humanidade. Há passagens de pedestre onde é melhor passar olhando para o chão.
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