Histats

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

26 anos sem Chico Mendes (22. 12.14)

  


  RESERVA DA TERRA

                                                                                                            Fernanda Figueiredo.

Deixai  vingar
todo verde que há
da Amazônia a Mauá...

Deixai toda brisa
 do mar
todas 
  as quedas
TOMBAR À TERRA
todo rio
tudo que há
    para se amar...


                                                                                
Estampei este  poema  na camiseta  e presenteei o Chico Mendes, em 1988.  De fato, ele  comentou comigo que levaria essa camiseta para  companheira Ilzamar. Infelizmente, ele foi assassinado.  A viúva estava com essa camiseta no velório.

Não tínhamos ideia, do impacto que sua morte causaria no mundo. Por essa razão, essa poesia tem grande significado. Chico Mendes vive,  a poesia permanece, assim como, o seu legado. Por meio destes pequenos gestos, nos fez acreditar que somos capazes de proteger a Amazônia, os índios, os seringueiros, os ribeirinhos, a fauna, os rios, e toda riqueza embutida na floresta.

‘“Essa capacidade de sonhar transforma a vida.” 
           Fernanda Figueiredo

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Os rios da minha vida...

“Foi um rio
 Que passou em minha vida
 E meu coração se deixou levar...”

Os rios da minha vida...

Rio Xingu-PA

Em 1987, participei do I Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, que foi marcado por extensa cobertura da imprensa nacional e internacional. 

O rio Xingu possui uma extensão de 1.500 Km drena uma área de 5.40.000 quilômetros quadrados e atravessa importantes áreas de reservas indígenas no estado do Pará. 

Estávamos em Altamira, no meio de batalhão de jornalistas, ambientalistas, índios, gente famosa como o cantor Sting. O que me encantou de verdade foi o rio Xingu. Mergulhei no rio para posar para uma foto, sem me preocupar com os perigos inerentes aos pobres aventureiros. Muito tempo depois, fui pesquisar que nos habitats aquáticos daquela região vivem uma fauna ictiológica notável, destacando-se o pirarucu, o maior peixe de água doce do mundo. Nos habitats da terra firme vive o gigante jacaré Açu que pode atingir 6 metros. Que medo!

Rio Preguiças-MA



A cidade de Barreirinhas é porta de entrada dos Lençóis maranhenses. Fui conhecer esse rio em 2003. O rio nasce em outro município- o de Anapurus- percorre 120 km até  sua foz tranquilo, caudaloso, de águas tão mansas que parece mais um lago, de margens imponentes.

O cartão de visitas é a região dos  lençóis maranhenses, cenário único no mundo. Todavia, o rio preguiças, proporciona belas paisagens.

Rio da Barra-BA




Divisa entre Arraial d’Ajuda e Trancoso. Foi uma experiência maravilhosa onde pratiquei Trekking em grande parte do litoral baiano. Esse rio marcou em razão do cenário deslumbrante. Quando você se pergunta: O que mais  desejar da vida? Era um verdadeiro cenário  para um filme.

Lumiar-RJ

Sinceramente, me encantei com os rios  que cortavam os vilarejos de Lumiar-RJ, como na canção “Anda, vem jantar vem dormir, vem sonhar, pra viver Até chegar em Lumiar...”


Maromba e Maringá-RJ

Visconde de Mauá, Maringá e Maromba estão localizadas em um lindo cenário rodeado por montanhas repletas de cachoeiras. As três vilas ficam as margens do Rio Preto que corta a região, além do Rio Preto tem outros afluentes que formam lindas corredeiras de aguas cristalinas. Cenário bucólico, para apaixonados. Amei.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Câncer de mama: Previna-se!


Tenho este trabalho de fotografar  árvores, que lembrem formato humano. No caso, a  "mama" acima, foi uma foto de goiabeira, que utilizo em campanhas de prevenção ao câncer de mama. Sempre, que posso, faço o alerta nas rede sociais. Há restrições de foto de nu, nas redes sociais, mesmo que seja, para alertar contra o câncer. Por isso, utilizo árvores.

O Câncer de mama é o que mais afeta as mulheres, a incidência deste câncer é muito alta. Em cada 8 a 10 mulheres, uma desenvolverá a doença no decorrer da vida. Porém, as descobertas de cura chegam a 95% dos casos, se descoberto logo no inicio. Consulte também o site:
http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/cancer-de-mama-familiar/

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Paul McCartney no Brasil

Foto Fernanda Figueiredo
Uma noite com o Paul!

Que noite maravilhosa! O Mané Garrincha (Brasília) recebeu quase  47 mil pessoas, debaixo de chuva, frio, para ouvir uma lenda dos Beatles: Paul McCartney. Foi um showzaço com três horas de duração e muito intenso!

O show teve filas imensas para entrar e capas de chuvas vendidas por R$ 10,00 (dez reais.) A  chuva  era fina, fazia frio, clima londrino. Ainda, começou  com uma hora de atraso. Comentava-se o motivo do atraso, que ele havia experimentado pequi, impossibilitado de cantar...kkk Brincadeiras à parte... valeu esperar!

Paul McCartney está muito bem, com muita energia, de fazer inveja a qualquer jovem.

Paul não teve oportunidade de conhecer nosso maior cartão postal: o céu azul de Brasília. Contudo, gostou de ver o estádio lotado. Nem mesmo alguns astros que passaram por aqui, como Beyonce , Skakira, Elton John, tiveram tanto público. 

Foram muitos beatlemaníacos, famílias inteiras, gerações, embalados por Let it be, Hey Jude, Yesterday...Obla di obla da. Coral nota dez.

Efeitos especiais incríveis, como tochas de fogo no palco, guitarras, luzes diversas. A galera foi ao delírio com a explosão de fogos no palco. 

Paul falou em português:" Obrigada", "Balada", "bombando", "novo Cd" e , Brasília (trezentas vzs ...rs)

Para terminar o ano, foi o que precisávamos. Adorei duas músicas que dedicou ao John Lennon. Ele tinha suas divergências com John. Coisas de banda. Qdo John foi assassinado, Brasília, viveu um dos seus dias mais tristes em 54 anos. Ontem, Brasília era só felicidade! E, os dois na maior paz. Valeu, PAUL!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Conhece? É o camapu...

Physalis angulata

Physalis L. é um género botânico, nome comum físalis ou camapu, pertencente à família Solanaceae. A Physalis angulata, é uma planta herbácea de hábitos perenes e reproduzida por sementes. 

A Colômbia é o principal produtor mundial e abastece todo o mercado europeu, principalmente a Alemanha e Países Baixos.

A Physalis é nativa das regiões temperadas, quentes e subtropicais de todo o mundo. O género é caracterizado por um fruto alaranjado e pequeno, semelhante em tamanho, forma e estrutura a um tomate, mas envolto parcial ou completamente por uma casca grande que deriva do verticilo.

A Physalis tem muitos nomes comuns por toda a lusofonia, físalis, fisalis, fisales, camapu, camaru,capota, bucho-de-rã, joá-de-capote, juá-de-capote, juá-roca, juá-poca, mata-fome, canapum, camapum, bate-testa, saco-de-bode, alquenquenje, erva-noiva, cerejas-de-judeu, balão, tomate-lagartixa, tomate-barrela, tomate-capucho e capucho 1 .

Em Portugal também é conhecido por alquequenge 2 e nos Açores também é conhecido por capucha Na Colômbia é conhecida como uchuva, no Equador como uvilla e no Japão como hosuki. No sul de Angola é matipatipa.

domingo, 2 de novembro de 2014

Plantio e recuperação de nascentes


Desde 2008 que fazemos plantio de mudas, como parte do Festival da água. Neste trabalho, foi incluído recuperação de mata ciliar das nascentes no Gaspar e no Riacho Fundo. 

Este ano colaboramos no plantio com colegas da UDV. Tornou-se um trabalho fundamental, visto o que acontece em SP. Antigamente, falávamos “para futuras gerações”, todavia, é um trabalho necessário para o presente.

Na verdade, faço plantio desde 1988. Tenho uma foto com o Chico Mendes em reflorestamento de encostas em Petrópolis. Plantar árvores, além, de terapia, é uma pequena colaboração para com o planeta.  







quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Os flamboyants

Os  flamboyants  estão dando um show aqui em Brasília! É bom admirá-los. Sempre um mais belo que  o outro,uma forte vibração do tom  vermelho em vários tons. Desça  do carro, fotografe, admire-os de perto. Este foi fotografado na SQN 209.

Fotos Fernanda  Figueiredo






Foto Fernanda Figueiredo



quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Figueiras

Foto Fernanda Figueiredo



Esta figueira sobrevive imponente na L2 Norte, altura da 407 Norte, Asa Norte. Brasília.

A  F. elastica é uma das árvores tropicais mais cultivadas do mundo. Nativa da Índia, é uma árvore de porte imponente As figueiras, também conhecidas como fícus, são plantas, geralmente árvores, do gênero Ficus, da famíliaMoraceae. Há cerca de 755 espécies de figueiras no mundo , especialmente em regiões de clima tropical e subtropical e onde haja presença de água. O gênero Ficus é um dos maiores do Reino Vegetal. 

As figueiras podem crescer de forma enérgica e por isso não é indicado que se cultivem figueiras de grande porte perto de casas, pois o crescimento de suas raízes têm a capacidade de deformar as paredes das residências. Também conhecida como Gameleira é derivado de sua madeira macia e fácil de trabalhar, utilizada para fazer gamelas (uma espécie de bacia). 

Em Brasília, são inúmeras as gameleiras. Na altura da residencial da  404 norte, próximo ao posto de gasolina, algumas  delas foram cortadas, não sabemos o motivo.



sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Manifesto de ambientalistas


O Manifesto Socioambientalista abaixo assinado, encontra-se aberto todos que optam por votar em Dilma no segundo turno, enfatizando a necessidade de seu segundo mandato ser ainda mais progressista, estando fortemente comprometido com os desafios socioambientais  transformadores que o Brasil e o Planeta estão a exigir. 

Ecologia, ambientalismo, ecossocialismo e eleições 2014

A questão ambiental não é um fenômeno circunstancial ou de carisma pessoal. Ela emerge no Brasil timidamente nos anos 70, já anunciando compromissos com as lutas de resistência ao regime ditatorial e em busca de uma cultura de procedimentos democráticos e de conquista dos direitos humanos fundamentais.

Não cabe a um partido, e muito menos a uma pessoa, reter para si a questão ambiental, mas não cabe também a um partido com os compromissos do PT, distanciar-se desta pauta, ela é indissociável de um projeto popular para o país. A questão ambiental é convergente e fortalecedora das grandes bandeiras dos trabalhadores.

A reforma agrária, as lutas indígenas e dos povos e comunidades tradicionais, a questão urbana, a democratização do acesso à água e aos serviços públicos, a qualidade da moradia, o saneamento, o transporte público de qualidade, a matriz energética e a educação são algumas das principais lutas que se fortalecem quando pensadas à luz dos desafios ambientais.

O PT soube acolher tais demandas desde o seu nascedouro e isto se materializou de forma mais clara na aproximação de Lula e Chico Mendes, ainda nos anos 80. Não podemos e não devemos abrir mão desse legado. Pelo contrário, é preciso materializá-lo em pontos programáticos e pragmáticos que expressem o firme compromisso do governo com o fortalecimento desse ideário.

A ênfase programática da candidata Dilma e do PT deve se alicerçar em duas frentes argumentativas.
A primeira, anunciando o comprovado compromisso de seu governo com o desenvolvimento econômico inclusivo, buscando o acesso de todos a direitos humanos fundamentais como alimentação saudável, habitação, saneamento básico, saúde, transporte público,reforma agrária, economia solidária, educação e emprego.

A segunda, um compromisso de governo de também promover a busca da felicidade nos valores difundidos pelo ambientalismo. Os cuidados com a vida em toda a sua extensão, presentes nos textos de Leonardo Boff e de Ladislau Dowbor, podem ser exemplificados nas iniciativas geradas no governo do PT nos últimos 12 anos, como o Programa Cultivando água Boa e o Centro de Saberes e Cuidados Ambientais, capitaneado pela Itaipu Binacional os Coletivos Educadores do MMA e os Pontos de Cultura do MinC, dentre outros.

Políticas que estimulam o questionamento constante do consumismo voraz, que nos distancia da simplicidade voluntária e de valores como amizade, comunidade, participação em causas públicas e em ações pelo bem comum. Valores relacionados ao desenvolvimento humano integral, à solidariedade, cooperação, sensibilidade com todas as formas de vida, dádiva, hospitalidade e tantos outros que aprendemos com nossos antepassados e que têm sido esquecidos por um modo de vida individualista e competitivo.

Lembrar de Mário de Andrade, Rosa Luxemburgo, Marshall Berman ou do próprio Marx, de Montesquieu, Habermas, Boaventura de Sousa Santos, Vandana Shiva, Manoel Castells, Anthony Giddens, Roger Garaudy, Edgar Morin, Zigmunt Bauman, Hans Jonas, Thomas Piketty, Darcy Ribeiro, Ivone Gebara e de outros utopistas e analistas das sociedades modernas, pode ser um recurso importante para não sermos reduzidos a um referencial teórico único e sairmos da aridez do discurso político numérico e pragmático.

Apontar todas as iniciativas presentes na sociedade brasileira, de cuidados com os animais, defesa de direitos humanos fundamentais, soberania alimentar, agroecologia, lutas contra o patenteamento de sementes, contra os transgênicos e pela reforma agrária e defesas das terras indígenas e das UC, dentre outras, também pode ser importante, no sentido de sinalizar um forte compromisso com elas.
Mas desdobrar as duas frentes programáticas em pontos pragmáticos será importante e necessário, para que o povo brasileiro se solidarize na imensa tarefa que se coloca.

Entre esperanças e possibilidades, há realizações socioambientalistas que já estão em aplicação nos programas em execução pelo Governo Federal e/ou governos locais, defendendo-se a expansão universalista dos mesmos e o seu contínuo aprimoramento mediante instâncias de avaliação e decisão participativa; a ampliação das buscas pelo preenchimento de metas sócio-ambientais orientada pelas utopias perdidas ou sequestradas que, ao início as dispararam, mas que ainda alimentam esperanças.

Não propomos nostalgias reconstrutoras, mas esperanças recuperadoras de caminhos perdidos. Seus alimentos invisíveis são: o combate sem trégua à miséria, ao sofrimento psíquico causado por forças de repressão fundamentalistas, de discriminação, de exclusão, quer material e/ou simbólica que colorem as ações do poder subjugador que submete indivíduos, grupos e sociedades à dominação de forma alienada de suas mentes e corações, e, finalmente, à injustiça social, presente nas desigualdades políticas que não equidistribuem entre os cidadãos o acesso a meios e resultados referente ao usufruto dos patrimônios gerados pelas humanidades da Terra.

A presidenta Dilma disse recentemente que “abriu-se uma caixa e dela saíram todos os demônios”. De acordo com o mito da Caixa de Pandora, a esperança foi a última a sair… Esperemos que isso também aconteça no Brasil.

Alguns pontos essenciais, como exemplos:

Compromisso com a destinação da terra para as suas finalidades sociais e ambientais, por meio da reforma agrária, reforma agrícola, demarcação e compra das terras indígenas e das unidades de conservação, ação pela soberania e segurança alimentar e efetiva implantação do novo Código Florestal. Agricultura Familiar, Agroecologia e Agroflorestas, como balizadores do projeto de agricultura para o país.

Ampliar os Programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e aprofundar sua relação com a Agroecologia.

Ampliar o crédito, a formação e outras medidas de apoio para a economia popular e solidária, principalmente para o fortalecimento da circulação de bens e serviços nas escalas municipais e regionais.

Criar condições objetivas para um ainda mais efetivo enfrentamento do analfabetismo no país, retomando radicalmente a pedagogia freireana nos programas de alfabetização.
Fortalecer os investimentos em Saneamento básicoe reduzir progressivamente a desigualdade de acesso aos serviços públicos.

Ampliar a oferta de espaços e atividades públicas e gratuitas de lazer, cultura e esporte em todas as cidades do país.

Apoiar o fortalecimento da gestão ambiental municipal, da educação ambiental e da informação qualificada para melhores decisões sobre empreendimentos e para o aumento da percepção ambiental da sociedade.

Revolucionar a Mobilidade urbana (exemplo do Haddad, enfrentando a primazia do carro individual em Sampa) com base na bicicleta e no transporte público e de qualidade, acessível a todos.

Fortalecer a governança democrática, justa e sustentável dos recursos hídricos (numa perspectiva inclusiva, participativa, ecossistêmica e multidimensional da Água), conferindo escala a iniciativas emblemáticas como o Programa Cultivando Água Boa da Itaipu (um dos mais bem sucedidos do governo brasileiro que tem a água como elemento integrador e a bacia hidrográfica como território de atuação) e o Programa Água para Todos, da Bahia, desenvolvendo ações estruturantes de segurança, justiça e solidariedade hídrica; valorizando o papel dos movimentos sociais, assim como de povos e comunidades tradicionalmente excluídos e afetados pelas políticas hídricas; empoderando e fortalecendo o papel político-institucional dos comitês de bacias hidrográficas, base do sistema de gestão, e dos conselhos de recursos hídricos; fortalecendo as estratégias de formação e educação ambiental e ampliando os canais de diálogo e participação na gestão de águas do país.

Ampliar o apoio a políticas comprometidas com a convivência com o semi-árido, acesso à terra e à água e valorização dos modos de vida do sertão, contribuindo para a redução de desigualdades regionais.

Garantir a soberania dos povos tradicionais no uso do patrimônio genético associado a biodiversidade.

Investir em energia sustentável pela continuidade do investimento em energias renováveis e pelo uso estratégico e transformador do pré-sal.

Progredir continuamente até a generalização da Escola de Tempo e de Formação Integral, com o fortalecimento do humanismo, das artes e dos esportes, enfatizando a importância do conhecimento e ação cidadã nos territórios, como estratégia de formação dos professores e professoras para uma Escola Sustentável.

Aprimorar os mecanismos de participação democrática, valorizar os colegiados e conselhos existentes, trazendo as construções políticas das diferentes temáticas e recortes territoriais para o cotidiano da população. Conselhos Municipais de Educação que elaborem, em diálogo com os demais Conselhos Municipais, Projetos Político-Pedagógicos territoriaisvoltados à educação integral de toda a população, para além das redes municipais de ensino.

Promover fortemente a Reforma Política, apoiando o movimento por uma Constituinte Exclusiva, Democrática e Soberana, estimulando a participação de toda a população e especialmente a juventude que luta verdadeiramente por uma nova cultura política.

Criar, no Estado, mecanismos de escuta atenta e diálogo, que valorizem as manifestações de redes e das ruas, das mídias livres, do ciberativismo.

Atuar no sentido da democratização e descentralização dos meios de comunicação de massa e da educomunicação.

Defender o decreto que criou a Política Nacional de Participação Social e o fortalecimento e consolidação dos Sistemas Nacionais de Meio Ambiente e de Cultura.

Promover mecanismos efetivos de combate à tortura e à violência policial, bem como de promoção da segurança pública, por medidas que estimulem e apóiem a participação de todos, nos cuidados com as suas comunidades.

Implantar definitivamente a Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada no governo Lula, com a inclusão dos catadores como agentes ambientais da maior importância, seguindo a experiência exemplar da cidade de São Paulo, que construiu de forma participativa o Plano Integrado de Gestão Resíduos Sólidos e criou um Fundo com participação da sociedade civil e dos catadores, para administrar e distribuir os recursos advindos da venda dos materiais coletados e triados nas centrais mecanizadas construídas pelo Município.

Tributar o capital parado nas cirandas financeiras e incrementar políticas de imposto progressivo sobre os grandes patrimônios.

As forças conservadoras da elite econômica, que tramaram o golpe em 1954 contra Getúlio Vargas e depois se materializaram novamente no golpe de 1964, mergulhando o país em vinte anos de ditadura, querem retomar o poder agora com o mesmo discurso moralista contra a corrupção e pelos bons costumes.

A eles resistiremos, votando por um novo governo Dilma, ainda mais comprometido com as forças progressistas e socioambientalistas desta imensa e bela Nação.

Se você identifica-se com esse Manifesto, agregue a sua assinatura e comentários. Vamos produzir juntos uma plataforma de demandas e propostas, enfatizando os compromissos que queremos de Dilma e do PT na construção de sociedades sustentáveis.

Adriana Marguti, engenheira florestal, Brasília/DF
Amadeu José Montagnini Logarezzi, professor Ufscar, São Carlos/SP
Andréa Aparecida Zacharias, professora UNESP/Campus de Ourinhos/SP
Ângelo José Rodrigues Lima, socioambientalista, gestão de recursos hídricos, Campo Grande/MS
Antonio Carlos Caruso Ronca, professor PUC/SP
Antonio Netto, consultor em sustentabilidade de eventos, João Pessoa/PB
Artemis Torres, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), MT
Bruno Coutinho, professor, Rio de Janeiro
Carlos Ligeiro, analista de sistemas, membro da Ass. Cultural e Ecológica Lagoa do Nado, BH/MG
Carol Tokuyo, Fora do Eixo, Brasília/DF
Celio da Silva Chaves – Secretário de Educação de São José dos Campos/SP
Celly Kelly Neivas dos Santos, mestranda em Sustentabilidade, Mogi das Cruzes/SP
Clayton Nobre, Coletivo Fora do Eixo, Brasília/DF
Deise Keller – Doutoranda em Ciências Ambientais e Florestais/UFRRJ
Cristiana Vieira, bióloga, Salvador/BA
Dulce Pereira, professora UFOP, Ouro Preto/MG
Eda T. de O. Tassara, professora USP, SãoPaulo/SP
Edison Ribeiro, ambientalista, Salvador/BA
Edna Costa, Rede Brasileira de Educação Ambiental (REBEA), Ribeirõ Preto/SP
Egon Krakhecke, ANA, Brasília/DF
Eliana T. Terci, economista, professora Esalq/USP
Eugenio Spengler, secretário de meio ambiente da Bahia, Salvador/BA
Evandro Albiach Branco, arquiteto e urbanista/gestor ambiental, São Paulo/SP
Everardo de Aguiar Lopes, educador social, Brasília/DF
Fabio Cardozo – educador popular, consultor Instituto Ecoar e Unisol do Brasil, São Paulo/SP
Fernanda Correa de Moraes, agrônoma e pesquisadora do PPGI-EA da ESALQ/USP
Fernanda Figueiredo, bibliotecária, Brasília/DF
Fernando Torres, Ambientalista – BH/MG
Franklin Carvalho, professor/agrônomo, Salvador/BA
Franklin de Paula Jr, atua na governança participativa das águas, Brasília/DF
Geraldo Vitor Abreu, Secretário Nacional de Meio Ambientel do PT, BH/MG
Giseli Dalla Nora, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), MT
Gilney Viana, ex-secretário de Desenvolvimento Sustentável do MMA, Brasília/DF
Hamilton Pereira/Pedro Tierra, Secretário de Cultura do Distrito Federal, Brasília/DF
Haydée Torres de Oliveira, professora UFSCar, SãoCarlos/SP
Heitor Queiroz de Medeiros, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande/MS
Herman Hudson de Oliveira, professor ambientalista, Gpea, Remtea, ICaracol, Opan, CPT, MT
Horácio Figueiredo, ANA, Brasília DF.
Ivan Rubens Dário Junior, geógrafo, Rio Claro/SP
Ivo Reseck, geógrafp e diretor do patrimônio Histórico e Cultural de Rio Claro/SP
Izinho Benfica – Ambientalista – BH/MG
Jefferson O. Goulart, cientista político e pesquisador CEDEC, professor UNESP
Jerônimo Rodrigues – professor/agrônomo – Feira de Santana
João Bosco Senra – ex-Secretário Nacional de Recursos Hídricos/MMA, Belo Horizonte/MG
José Augusto de Castro Tosato, agrônomo, Salvador/BA
José Machado, economista, Brasília/DF
Julia Teixeira Machado, educadora ambiental e pesquisadora Oca/USP
Júlio Resende Duarte, Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), MT
Kitty Tavares – historiadora – Salvador
Ladislau Dowbor, economista, professor PUCSP e consultor de diversas Agências das NU, SP
Leila Rezende – Diretora de Relações Institucionais da Associação Pomar, Uberlândia/MG
Lenissa Lenza, Fora do Eixo, Brasília/DF
Leonardo Boff, teólogo, professor e escritor, Petrópolis /RJ
Leonardo Queiroz Gonçalves, linguista e ambientalista, BH/MG
Leonel de Arruda Liz, especialista em Administração Pública, Rio Claro/SP
Luciana Ferreira, pedagoga, educadora, Suzano/SP
Luciana Santa Rita, economista, Salvador/BA
Luiz Augusto Bronzatto, socioeconomista, Sobradinho/DF
Luiz Augusto Passos, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiaba/MT
Luiz Carlos Beduschi Filho, professor USP, São Paulo/SP
Luiz Ferraro, professor/agrônomo, Salvador/BA .
Marccella Berte, socioambientalista, economista, especialista em Políticas Públicas, Santos/Brasília
Marcello Tassara, professor USP, São Paulo/SP
Marcelo Araújo, ambientalista/biólogo, Salvador/BA
Marcelo Farias, professor/geógrafo, Salvador/BA
Márcia Miranda, fundadora do centro de referência de direitos humanos de Petrópolis/RJ
Márcia Neves, professora/ambientalista, Amargosa/BA
Marcos Sorrrentino, professor USP, Piracicaba /SP
Maria Henriqueta Andrade Raymundo, educadora ambiental, Mogi das Cruzes/SP
Maria Luisa Eluf, socióloga, empresária, São Paulo/SP
Maria Tereza de A. Campos, educadora e superintendente do Arquivo Público de Rio Claro/SP
Mariana Gutierres Arteiro da Paz – Ambientalista, São Paulo/SP
Mariana Mascarenhas, bióloga, Salvador/BA
Marielle Ramires, Fora do Eixo, Brasília/DF
Marilena Loureiro da Silva, professora UFPA, Belém/PA
Marino Cândido, presidente da Associação Pomar, Uberlândia/MG
Martha Tristão, professora UFES, Vitória/ES
Mauricio Laxe, advogado, ecologista ecossocialista coordenador da ONG ECOSBRASIL, Brasília/DF
Michael Haradom – industrial, conselheiro da AlampymeBR, Instituto de Zero a Seis, São Paulo/SP.
Michèle Sato, professora UFMT, Cuiabá/MT
Michelle Jaber-Silva, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), MT
Michelle Rios, Pedagoga/educadora ambiental, Salvador/BA
Miriam Dualibi, ambientalista, Instituto Ecoar p/a Cidadania, FunBEA, AlampymeBr, São Paulo/SP
Moema Viezzer, consultora em equidade de gênero, educação socioambiental e popular, Toledo/PR
Naime Fattah, ambientalista, Salvador/BA
Nelton Miguel Friedrich, socioambientalista, Diretor Itaipu Binacional (Curitiba-PR)
Paulo Guilherme Cabral, Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA
Paulo José Penalva Mancini, ambientalista, São Carlos/SP
Pedro Roberto Jacobi, professor USP, São Paulo/SP
Rachel Trajber, Rede Brasileira de Educação Ambiental, REBEA, SP
Raul Angel Carlos Olivera, Universidade de Estado de Mato Grosso (UNEMAT), MT
Raul Lomanto, professor/ambientalista, Amargosa/BA
Regina Aparecida da Silva, Professora, Cuiabá-MT
Renato Sérgio Maluf, Professor da UFRJ, Rio de Janeiro/RJ
Ricardo Novaes, educador e cientista ambiental, diretor da SMA de SJ dos Campos/SP
Roberto Vizentin, Presidente do ICMBio, Brasília/DF
Rosalvo de Oliveira Junior, engenheiro agrônomo, Salvador/BA
Rosana Garjulli, socióloga, esp. gestão participativa Pol. Públicas hídricas e ambientais, Fortaleza/CE
Roseane Palavizini, Dra. em Engenharia Ambiental, atua no GTHidro/UFSC, Salvador/BA
Sandro Tonso, professor Unicamp, Campinas/SP
Scheila Maria Agostini, jornalista, Brasília/DF
Sérgio Cardoso, Geólogo, Gravataí/RS
Silvani Honorato, pedagoga/educadora ambiental, Salvador/BA
Simone Portugal, educadora ambiental, consultora, Piracicaba/SP
Sinvaline Pinheiro, ativista ecocultural, Fundação Lago Serra da Mesa Uruaçu/GO
Solange Ikeda Castrillon, Universidade de Estado de Mato Grosso (UNEMAT), MT
Thaís Brianezi, jornalista, São Paulo/SP.
Thiago Larangeira Gutierres da Paz, Músico, São Paulo/SP
Tiago Porto, biólogo, Salvador/BA
TT Catalão, poeta e jornalista, Brasília/DF
Vera M. Lessa Catalão, professora da UnB, Brasília/DF
Virgílio T. Machado, empresário.
Wanda M. Junqueira de Aguiar, professora PUC/SP
Weber de Avelar Silva, sociólogo, assistente social e ambientalista, BH/MG
Zanna Matos, ambientalista/sanitarista, Salvador/BA

Foto de capa: Reprodução / Facebook

revistaforum.com.br

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Exposição do Cerrado no CCBB

Cerrado: Uma janela para o planeta

Visitação até 19 de outubro, de quarta a segunda, das 9h às 21h no CCBB

Idealizada pelo Ministério de Ciência e Tecnologia.

Bioma presente em 11 estados brasileiros.



Fotos Fernanda Figueiredo




segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Exposição do Sebastião Salgado

Exposição fotográfica "Genesis" do Sebastião Salgado no CCBB
retrata animais, tribos e paisagens clicadas em diferentes lugares do mundo, ao longo de anos de viagens. 






Confira o trajeto e os horários do ônibus gratuito do CCBB – Brasília:

Teatro Nacional: 11h, 12h25, 13h50, 15h15, 16h40, 18h05, 19h30, 20h55, 22h.
 SHN – Manhattam: 11h05, 12h30, 13h55, 15h20, 16h45, 18h10, 19h35, 21h, 22h05.
 SHS – Hotel Nacional: 1h10, 12h35, 14h, 15h25, 16h50, 18h15, 19h40, 21h05, 22h10.
 SBS – Galeria dos Estados: 11h15, 12h40, 14h05, 15h30, 16h55, 18h20, 19h45, 21h10, 22h15.
 Biblioteca Nacional: 11h20, 12h45, 14h10, 15h35, 17h, 18h25, 19h50, 21h15, 22h20.
 UNB Inst. Artes: 1h30, 12h55, 14h20, 15h45, 17h10, 18h35, 20h, 21h25, 22h30.
 UNB Biblioteca: 11h35, 13h, 14h25, 15h50, 17h15, 18h40, 20h05, 21h30, 22h35.
 CCBB: 12h10, 13h35, 15h, 16h25, 17h50, 19h15, 20h40, 21h45, 22h45.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Confeitaria Colombo completa 120 anos


Tenho boas lembranças da Confeitaria Colombo. Ao  sair da Faculdade (UFF), após, retornar na barca Niterói-Rio, caminhava da Praça XV até a rua Gonçalves Dias, centro do Rio, para lanchar na Colombo. Tempos de estudante, de "dureza", mas como era freguesa antiga, ganhava  sempre uma cortesia de mais um salgadinho. Lembro bem, da fisionomia deste atendente simpático.

Também  pudera, levava muitas  amigas do curso para  lanchar nesta tradicional confeitaria. Depois, seguíamos para protestar na Avenida Rio Branco, época das grandes  manifestações como das Diretas e, pós período das eleições e de grande  efervescência  política. A última vez, que estive na Confeitaria Colombo foi em 2012, em almoço, com o pessoal com o qual  trabalhei na Rio+20. Sensacional, um luxo!



Visite o site confeitariacolombo.com.br

Duelo das anáguas...

Não ocorrerá está batalha. Todos analistas, cientistas políticos, blogueiros, jornalistas, institutos de pesquisa erraram o prognóstico. A candidata Marina Silva, ficou em terceiro lugar,portanto, não disputará o segundo turno. O duelo não será  das anáguas. A disputa acontecerá entre a Dilma e o tucano Aécio Neves. Eterna polarização PT versus PSDB.



Duelo das anáguas
                                                                                                       Fernanda Figueiredo.



Provavelmente, duas mulheres se enfrentarão, no segundo turno, nestas eleições presidenciais. Será um avanço para um país em que o meio político é considerado, ainda, espaço para os homens em sua grande maioria. Há muito pouco tempo, o comando era dos generais e dos coronéis da Nova República. Ainda, somos uma jovem democracia em pleno processo de avanços, conquistas. Por isso mesmo, essa novidade com duas candidatas na disputa pela Presidência da República enriquece o processo democrático.

E, como vimos o quadro eleitoral, no segundo turno, aponta para as candidatas Dilma e Marina: Uma ex-guerrilheira e a outra ex-seringueira. Duas mulheres com histórias de vida marcantes, de luta, de batalhas, mas cada uma com a sua singularidade.

A candidata Dilma atuou em cargos executivos, é tida como gerente, mulher de ação, pragmática, considerada “dama de ferro” brasileira. Nascida no sudeste atuou em governos do sul, antes de chegar à presidência, tornando-se a primeira mulher eleita para o mais alto posto da República. 

Já Marina atuou mais no Legislativo, embora tenha sido ministra, veio de uma realidade diferente, mulher da floresta amazônica, do norte do país, construiu uma história de vida respeitada, ambientalista de primeira hora, assume  candidatura, após tragédia ocorrida com  o titular da chapa, como se o destino, quisesse nos dizer algo. Enigma...

Dilma é razão e Marina emoção. Não conheço a Dilma, pessoalmente, mas reconheço no seu governo continuidade dos projetos do Lula e um legado de transformações sociais. Nestes últimos doze anos, a classe c, e outros milhares de brasileiros saíram do abismo social, da extrema pobreza. Há um despreparo da elite em conviver com isto, embora, esta mesma elite reconheça que houve um avanço nas melhorias da qualidade de vida do trabalhador. Sem ceticismo, não há como negar esse novo paradigma social.

Marina eu conheci, pessoalmente, enquanto, Senadora e Ministra. É uma mulher de aparência frágil, mas forte por dentro. Sua vida é pautada pelo ambientalismo, simboliza o desejo de alternância de poder, o desejo que algo na política possa ser modificado, passa uma sinergia, um dom de abarcar, contemporizar divergências. Certa vez, declarou não ter vocação para Madre Teresa de Calcutá. Evangélica, Marina, por vezes, prefere apaziguar.

Ruma-se para este duelo de anáguas, palavra do tempo das avós, mas que se traduzirá em sabedoria popular. Sabedoria das avós significa experiência. Os mais jovens desejam experimentar oxigenação do poder. Feito o duelo.

Por um lado, às duas candidatas, tem algumas semelhanças e diferenças.  São oriundas do mesmo partidos de esquerda, ações firmes compunham seu histórico de vida e de “batalhas” em prol de uma sociedade mais justa. Por outro lado, politicamente, os projetos são antagônicos. Como já foi dito, uma é ambientalista,  outra desenvolvimentista. Divergem em muitos pontos da macroeconomia e, em planejamento estratégico.

Por fim,  é vez das Marias  são elas que decidirão o destino da Nação. O Brasil tem 142,8 milhões de eleitores. Mais da metade são mulheres (52,13%). Decidam entre a razão e o coração.

Vota mulher!










sábado, 6 de setembro de 2014

ypês amarelos explodem em Brasília!



Em Brasília, os ipês explodem  com  extrema  beleza! Você já experimentou contemplar um ipê  amarelo frente a frente? É majestoso! É tanta perfeição que  nos sentimos pequenos. Muita gente tem levado  sua  máquina fotográfica, celular, para fazer  imagens. Fui conferir e trouxe estas lindas imagens.









Imagem  Fernanda Figueiredo







O ipê-amarelo é encontrado em todas as regiões do Brasil e sempre chamou a atenção de naturalistas, poetas, escritores e até de políticos. Em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou o ipê-amarelo, da espécie Tabebuia vellosoi, a Flor Nacional. Desde então o ipê-amarelo é a flor símbolo de nosso país. 

Os ipês pertencem à família das Bignoniáceas, da qual também faz parte o jacarandá, e ao gênero Tabebuia (do tupi, pau ou madeira que flutua), embora sejam de madeira muito pesada para flutuar. Tabebuia era, na verdade, o nome usado pelos índios para denominar a caixeta (Tabebuia cassinoides), uma árvore de madeira leve da região litorânea do Brasil, muito usada hoje na fabricação de artesanatos, instrumentos musicais, lápis e vários outros objetos. 

Ipê é uma palavra de origem tupi, que significa árvore cascuda, e é o nome popular usado para designar um grupo de nove ou dez espécies de árvores com características semelhantes de flores brancas, amarelas, rosas, roxas ou lilás. No Norte, Leste e Nordeste do Brasil, são mais conhecidos como pau d’arco (os indígenas utilizavam a madeira para fazer arco e flecha); no Pantanal, como peúva (do tupi, árvore da casca); e, em algumas regiões de Minas Gerais e Goiás, como ipeúna (do tupi, una = preto). Na Argentina e Paraguai ele é conhecido como lapacho. 

De forma geral os ipês ocorrem principalmente em florestas tropicais, mas também podem aparecem de forma exuberante no Cerrado e na Caatinga. A Tabebuia chrysotricha é uma das espécies nativas de ipê-amarelo que ocorre na Mata Atlântica, desde o Espírito Santo até Santa Catarina. Este nome científico (chrysotricha) é devido à presença de densos pêlos cor de ouro nos ramos novos. Tem como sinonímias Botânicas: Tecoma chrysotricha e Handroantus chrysotrichus. 

Conhecidos por sua beleza e pela resistência e durabilidade de sua madeira, os ipês foram muito usados na construção de telhados de igrejas dos séculos XVII e XVIII. Se não fosse pelos ipês, muitas dessas construções teriam se perdido com o tempo. Até hoje a madeira do ipê é muito valorizada, sendo bastante utilizada na construção civil e naval. 

Hoje é muito difícil encontrar uma árvore de ipê-amarelo em meio à mata nativa, quando isso acontece, o espetáculo é grandioso e merece ser apreciado com calma e reverência. Podendo atingir até 30 metros de altura, o ipê em flor no meio da mata, contrasta com o verde das outras árvores. 

As variedades de pequeno e médio porte (8 a 10 metros) são ideais para o paisagismo e a arborização urbana. A coloração das flores produz um belíssimo efeito tanto na copa da árvore como no chão das ruas, formando um tapete de flores contrastantes com o cinza das cidades. (Mais na Apremavi.org.br)



sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Poema podre

Poesia do P


Fernanda Figueiredo.
                   
Podres poderes,
planos  patéticos,
Parábola perfeita
Passagem, pensamentos persistem.
palavras  pulverizam.
Posse, palácio, paraíso particular,
 pressupõe
 Profético poema





Parlamento, prerrogativas,
Política preponderante, principalmente, pactuada.
Pocilga, proventos,
Pandora, pior parte,

Plano permeia
Parâmetro, paradigma.
Propenso por polarização
Preveja, procure praticar, persuadir
Poucas palavras
Poder platônico
Ponto  pacifico.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O trágico acidente aéreo




                                                                                                                     Fernanda Figueiredo.

Há uma semana, exatamente, neste horário, o apresentador do Jornal Hoje, transmite uma  triste notícia. Fiquei abalada como qualquer cidadão. O Brasil viveu  grande comoção nacional. Foram sete dias de intenso noticiário. Eduardo Campos, candidato à presidência da República, morre tragicamente em acidente de avião, que vitimou também, alguns integrantes da sua equipe de campanha, além, do piloto e co-piloto da aeronave. Havia assistido sua entrevista na noite anterior. Mas, como? Não dava para acreditar.

É uma tragédia que nos impõe várias reflexões e nos conduz a questionamentos e lições de vida. A tragédia poderia ter sido maior, se atingisse os moradores da região. A aeronave caiu em lugar mais aberto, em bairro da cidade de Santos, cercado de edifícios, casas, academias, etc. Dadas às circunstancias, parecia que o avião estava em voo cego e na hora da queda, alguma força maior o levou para aquela área e, assim, evitando uma tragédia, ainda, pior.

Na outra ponta, seguiam em voo comercial para o Recife, a mulher do candidato e o filho caçula, não os acompanhando, por providência divina. E, a Marina Silva, vice na chapa presidencial que foi convidada para acompanhá-lo, mas mudou a agenda. Com certeza, teve o dedo de Deus, nestas duas alterações de roteiro.

É um acidente cheio de mistérios. E desses milagres, acima relatados. 

Porém, chama  atenção o fato de o candidato ter morrido no dia do seu avô, Miguel Arraes, em 13 de agosto. O mês de agosto é marcado por tragédias. Segundo a numerologia, o número quatro, não traz bons augúrios. Os sábios chineses não gostam do número 4. Os americanos do nº 13, cuja soma dá 4. Esta soma era presente na numerologia do candidato. Outro fato,é o mistério que envolve a caixa preta, (laranja), por não conter gravações do dia do acidente. Muito estranho. Embora, a questão da sabotagem insinuada é sem fundamento. Trata-se de mera especulação!

Trabalhei em  gabinete do PSB e tive essa convivência com o  candidato nos corredores do Congresso de 1999-2003. Eduardo Campos, então, jovem parlamentar, líder nato, muito educado. Como candidato à presidência da República, representava uma terceira via. Parecia incansável na divulgação do programa de governo da coligação.

Alguém, lindamente, deixou um bilhete na porta da casa do Eduardo Campos no Recife. “Vá em paz, o Brasil cuidará da sua família.” 

Por outro lado,  chama à atenção a predestinação de uma candidata. Marina, que teve o registro do seu partido, negado, acatou ser vice. Agora, candidata à presidência da República enfrentará esta missão, como forma de homenagear o companheiro de chapa e debater um projeto político para o país.

Enfim, o que estaria nos planos de Deus para Marina Silva?    Afinal, trata-se de uma candidatura para alterar todo cenário político e deixar em ebulição as eleições presidenciais do Brasil. Que ela possa disputar um segundo turno, com certeza, acirrado? O que o destino reserva ao povo brasileiro?

Que há mais mistérios entre o céu e a Terra, não há dúvidas...

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Travessia na Baia de Guanabara...





A Barca Rio-Niterói.
                                                                                                             Fernanda Figueiredo. 1985.

O ano era 1981. Ufa! Estudarei na UFF, viajarei de barcas, que aventura, que maravilha! Todos os dias olharei o mar azul, as gaivotas. Sentir-me-ei realizada.

Que ironia... Ao longo destes anos de vida estudantil fiz a travessia da Baia de Guanabara enfrentando dura realidade. Esperar todos os dias por 20 minutos, correr ou viajar em pé, descer, pular a até se necessário, nadar.

Viajei de barcas, às vezes, quatro vezes por dia, ao longo da semana, durante vários anos. Juro que até Araribóia já chorou de pena. Penso que os estudantes da UFF são heróis anônimos desta árdua batalha.

Felizmente nunca aconteceu nenhum naufrágio nos anos de faculdade, cansei de ver guarda-vidas empoeirados. Também pudera o tempo de tragédias já passou. Em 1983 a barca submergiu em razão de um tiro na Revolta armada. Uma outra pegou fogo. Hoje, ela só pega fogo, quando estudantes da UFF vêm em peso para manifestações políticas na Cinelândia ou como naquele saudoso comício da Candelária.

A barca representa o espelho da nossa sociedade. Pode-se obter uma visão sociológica bem mais ampla e profunda, do que se aprende na Universidade. “A barca cheira a povão”, já dizia um pequeno burguês/Por lá toda gente do agreste e do sudeste/. “Abrem-se a porteira e mais parece uma boiada”.

Houve a fase dos camelôs, alguns até bem pitorescos, vendia-se de tudo: balas, biscoitos, tesouras, revista pornô, mapa e, tudo mais que se tinha direito. E ao som estridente dos camelôs, a viagem prosseguia... Mais vinte minutos de emoção e barulho. Teve uma época que havia mais camelô do que estudante.

Possivelmente, haveria algum estudante de história dando uma de camelô para superar a crise. Marx explica.
Mas aí, camelô jaz! Em contrapartida, surgiram uns guardinhas cheios de moral. Agora, reina a paz e os bons costumes, só alterados, por volta, das 22 horas quando se reúnem estudantes da UFF de volta pra casa... Mais parece um mercado de venda de peixe, falava uma senhora inconformada.

Afinal, quem tem medo de viajar de barcas? Às vezes, confesso que sentia algum receio com o balanço mais prolongado ou quando imensos cargueiros nos ameaçavam. Pensando bem, o perigo sempre rondou nossas cabeças, quando aviões da ponte aérea nos sobrevoavam. 

Não há castigo maior que viajar de barca nos dias frios de muita neblina, pior ainda, viajar com fome. Aí, sim, pintava a saudade do camelô. 

No fundo, ninguém gosta de viajar sozinho nas Cantareiras, nome antigo das barcas, hoje, um tanto esquecido. Melhor comprar um jornal cujo inconveniente é o preço. A barca mais parece uma biblioteca fluvial. Há uma grande variedade de leitura: o “Jornal dos Sports” e o “Dia” são os preferidos. Os estudantes preferem a ‘“A Folha de São Paulo”, enquanto intelectuais leem “O nome da Rosa”. É a biblioteca mais democrática do País. A barca, talvez, seja o transporte mais politizado que existe. Fala-se de tudo e de todos.

Os estudantes da UFF sempre tiveram cautela com os comentários na barca. Falar de professor dá “bode”. Tem sempre algum na escuta é só olhar para trás... Hã? Já vi...!

Quantos flertes começados numa barca cheia das 18 horas, em meio a um papo corrido, sobre inflação, política, ideologias, angústias, encontros marcados, etc. E no meio desse contexto, verifico a eterna discussão de fumantes e não fumantes.

Mas, a barca tem sua sessão de humor. Quem não se lembra daquela senhora que levanta e malha o governo, Pelé e Roberto Carlos? Na barca inteira ouve-se um estrondo de gargalhadas de fazer inveja a Jô Soares. Além, desta grande figura, tem um senhor que prega o Evangelho. Certo dia, um punk doidão mandou essa: “Deus é o mais punk que pintou nas paradas, falou?”

Barca também é sinônimo de greve. E durante um período esta fez falta, quem diria...

E o mar, quanta poluição, hein? Um passageiro comentava que tempos atrás viam-se peixinhos dourados na Baia de Guanabara. O subdesenvolvimento do povo é tão grande que se permite jogar qualquer detrito ao mar sem a menor consciência ecológica. A Conerj poderia desenvolver uma campanha nesse sentido. É uma questão que deveria bater forte.

E por falar em jogar-se ao mar, quantos suicídios, pessoas que se lançam ao mar, algumas resgatadas, outras nem percebidas foram.
Enfim...
Meu único desejo era viajar na frente da embarcação, na proa, para marinheiro nenhum botar defeito.
E se o mar não fosse tão fétido eu viria a nado, com o diploma na mão... Adeus, cidade sorriso!
Maio de 1985.