Histats

domingo, 28 de julho de 2013

Ópera de Cubatão




Ópera de Cubatão



               Fernanda Figueiredo


Fumaça em pás-de-deux

Suspiros de hidróxidos
Amores com monóxidos
Cinzas do ar
Utópico sangri-lá
Cubatão

tão
down.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Foto do dia...


O por-do-sol  de Brasília
não tem como decifrar
cada estação uma  cor
onde  o céu é o mar...
O por-do-sol  do cerrado
tem a mesma melodia,
o mesmo encanto
a mesma magia
de um deserto 
que se  faz amar...



segunda-feira, 8 de julho de 2013

Fábula...

FOTOS DE FERNANDA FIGUEIREDO- LAGONORTE





A raposa e as uvas

Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra tinha sido excelente. Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo:

- Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguém me desse essas uvas eu não comeria.

Moral: Desprezar o que não se consegue conquistar é fácil.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Poema de Vida

Foto Fernanda Figueiredo

                      Poema de Vida
                     
                                                       Fernanda Figueiredo.

Quero dizer
de um desejo
assim...

            como as ondas do mar e os pingos de sal
            sobre  mim

longe das praias urbanas
que não me seduzem mais
Quero dizer
dessa minha liberdade de brincar com a vida
com as vibrações e as energias
de me encarar sem subterfúgios















do meu medo do meu medo
de ser um touro
às vezes,
um bichinho de pelúcia.


Da vontade imensa de 
dispensar fatalidades
de transformar o impossível no imediato
de  romper  minhas grades
e reconstruir minhas ruínas

Quero dizer
meio sem jeito
da dualidade permitida
da natureza dos sentimentos
que me despe

Às vezes,
omissão com a vida
ou paixão de prolongar as aventuras
E que das ilusões sofridas
resiste sempre uma verdade
que pode ser ou não
a sua...

Que não gosto de dividir o meu eu
entre risos e riscos
prefiro o mistério
amar mais de um entre poucos...

Quero dizer
da beleza da flor de cactos
da meditação que rompe
neste ano que não acontece quase nada...

1990-1991