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terça-feira, 18 de junho de 2013

O VINAGRE DAS MIDIAS SOCIAIS



O vinagre das mídias sociais
                                                                                                               Fernanda Figueiredo.

Estas últimas manifestações ocorridas em várias capitais do país, pegaram todos de surpresa, principalmente, os políticos. Espremida entre o dia dos namorados, Santo Antonio e São João, a manifestação comprovou o poder das redes sociais e o povo sentiu nessa convocação uma imensa vontade de sair às ruas para protestar. Na era tecnológica, graças à internet, é possível realizar uma mobilização estrondosa. Essa revolução tecnológica é capaz de transformar o impreciso no imediato e provar que  o alcance das mídias sociais é impressionante.

Afinal, do que protestam? De fato, foi uma manifestação diferenciada. Não foi organizada por partidos e sindicatos, nem foi uma manifestação tipicamente da esquerda unida, não foi uma manifestação de um líder. Era o povo com vontade de ser ouvido.

Eu, por exemplo, fiquei surpresa. Em toda minha vida de militante, só fui protestar quando as coisas estavam muitos ruins, quando não dava mais para suportar à questão econômica ou política do país.

Tem questões que precisam ser melhoradas? Sem dúvida, principalmente, na saúde e na educação, e, sobretudo, na esfera política.

Há um desejo latente de se acabar com a corrupção e as mazelas que acontecem no Congresso. Achei bonita a presença do povo na marquise do Congresso. Foi algo inédito. Há alguns anos, visitei a marquise do CN, mas logo os seguranças pediram, gentilmente, para eu me retirar. A juventude emoldurando a obra de Niemeyer foi algo impactante.

No Rio de Janeiro, foi bacana o protesto da Av. Rio Branco, onde já cruzei diversas vezes essa avenida para protestar. A última vez, que participei de uma manifestação na Avenida Rio Branco, foi ano passado, durante a Rio+20. É sempre emocionante. 

Desta vez, o estopim para os jovens ocuparem as ruas foi o aumento da passagem. Há tempos os estudantes reivindicam o passe livre, o Movimento Passe Livre foi identificado como um dos organizadores do evento. Porém, a adesão à manifestação foi bem ampla, assim como a pauta de reivindicações. Foi identificada outra vertente do protesto: A Copa. No banco dos réus, os gastos exorbitantes da Copa das Confederações e os ingressos super caros, não acessíveis ao povo brasileiro, que ficou de fora. No país do futebol e o povo não foi convidado para a festa. Isso é sintomático. Assim, como o fato do País não ter recebido as melhorias prometidas, apesar de o evento ser tão aguardado pelo povo brasileiro. Na abertura em Brasília, a presidente Dilma foi vaiada por uma elite que tinha condições de pagar pelo ingresso, a mesma elite que não suporta a ascensão da classe c e as mudanças sociais. Por entender que  políticas sociais são necessárias é que achei a vaia desnecessária, deselegante.

O recado que se  captou das ruas foi uma insatisfação geral, uma catarse coletiva, contra os partidos e governantes das diversas siglas. Além, do medo da volta à inflação, a letargia do Congresso, a votação da PEC 37. Há uma catalepsia política no Legislativo.

Denominada a Marcha do Vinagre, acho que não veio para azedar a relação com à  classe política, mas, sobretudo, veio para uma reflexão, para permitir o diálogo, estabelecer um canal de comunicação do povo com os governantes. 

Que País é esse? É um país de um povo pacato, feliz, sonhador, e que se pergunta: Afinal, quero mudar a realidade do país ou  falar da nossa própria utopia?

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Um cantinho especial de Brasília

Recomendo um cantinho em Brasília:


Nas vias L2 e L4 Norte, próximo à Ponte do Bragueto, existe um recanto, inaugurado há  poucos anos, super agradável, romântico, ótimo  para namorar e tendo o Lago Paranoá  como testemunha: O calçadão da Asa Norte. Foi construído uma espécie de Deck todo de madeira, quiosques, etcétera. 

No entanto, observa-se a falta de policiamento, talvez, haja necessidade de uma cabine policial mais próxima. O espaço é uma opção para os turistas que desejam conhecer nosso famoso lago mais de pertinho.

Este blog recomenda o passeio. Ao caminhar no Parque Olhos D’Água é uma boa opção esticar até o calçadão.

Fotos Fernanda Figueiredo



Fotos Fernanda Figueiredo


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Exílio sentimental


Exílio sentimental 

                                      Fernanda Figueiredo.

Algo insólito acontece 
no meu universo límbico
um  gato persa percorre
o meu tapete felpudo...

Armadilhas da paixão...
Assim,
abandonando-o
veio a insensatez do momento,
a estupidez,
o resgate,
e a lembrança utópica dos exilados...

Já é noite e o gato é quase
pardo...
Sopra um vento,
sinto arrepios
deixo meus rastros
ao som do Dylan
desligo o candelabro italiano
suspendo os meus limites
no lençol  egípcio 
e o veuve clicquot .

Sou quase a rosa colombiana 
do solitário marroquino...

Sinergia perfeita 
de um encontro casual
para nunca mais sair da minha vida...

É uma catarse, 
sonho de uma noite de verão
a releitura de um roteiro ou
resquícios  de uma paixão
nos embalos de sexta-feira à noite
no Baixo gávea.

sábado, 8 de junho de 2013

Mergulho na alma


                               
        Mergulho na alma
                                           Fernanda Figueiredo

Mergulhei no meu mar
para busca-lo
veio uma garrafa verde 
com versos e,
rascunhos  de uma paixão
uma amora
um vinho
um cigarro
e a noite fria de Sampa...
No livro de um ex-guerrilheiro
a garoa e a garrafa.





Desta vez, só mergulhei
para esmiúça-lo
E outra vez, 
pus-me a  enxergar
na sua alma
quase gêmea
uma vontade
de ficar preso
aos seus sentimentos
embaralhados com o tempo
que o faz livre de dogmas e
preso novamente ao eu
um tanto só seu.
Um tanto livre das amarras
das grades, das cascas
das lembranças 
livre,
como as nuvens e o vento...
                                      

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Baia de Guanabara: Símbolo da luta dos ambientalistas...

                                                      Dia Mundial do Meio Ambiente
                                                        Fotos Fernanda  Figueiredo


Ao longo de décadas, a despoluição da Baia de Guanabara foi um desejo dos ambientalistas e dos moradores do Rio de Janeiro. Foram anos de descaso do Poder Público, com inúmeros projetos, recursos internacionais, intenções mirabolantes e nada... "Tudo como dantes, no castelo de Abrantes..."

Agora, espera-se que o governo do estado que assumiu o compromisso de reduzir em 80%, a poluição das suas águas até os Jogos Olímpicos 2016 concretize esse projeto.  São toneladas de esgoto doméstico e industrial despejados, diariamente nas águas da Guanabara.

Uma das maiores poluidoras é a Refinaria Duque de Caxias na Baixada Fluminense.

Na tentativa de amenizar a situação, há atitudes isoladas de ambientalistas de se evitar uma piora nessa degradação ambiental. Na verdade, a Baía de Guanabara, cartão postal, é uma grande lixeira.

Na década internacional da água, é importante que os Municípios do estado, tenham maior cuidado com os seus trinta e cinco rios, evitando-se que as diversas poluições, o lixo, deságuem na Bacia hidrográfica. 

Durante anos da minha vida fiz,quase diariamente, a travessia da Baia de Guanabara na barca que faz a rota Rio-Niterói, e, sempre tive esse desejo de ambientalista de navegar sobre águas translúcidas da Guanabara e cantar Jobim:

"Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades
Rio, seu mar
Praia sem fim
Rio, você foi feito pra mim
Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara..."



segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pensamento do dia...


"Toda arte é imitação da natureza."
                                                       Sêneca
Foto  Fernanda Figueiredo
Meninos, eu vi...

“Sábado vi a deslumbrante lua de maio
No domingo vi um pôr-do-sol de cinema
Na segunda uma chuva de granizo
E  logo depois, um arco-íris infinito...”