Crônica:
Sonho de uma noite de carnaval...
Já faz algum tempo... Viajei para brincar o carnaval em Olinda...Fui de carro atravessando todo o nordeste. Quando avistei Olinda, de cara, fiquei apaixonada pela cidade, casas de portas abertas, janelas coloridas, ladeiras parecidas com as de Santa Teresa, Rio de Janeiro. As mulheres fantasiadas com plumas e paetês. O sotaque era bem mais carregado, porém, bem sensual, me remetia ao personagens baianos do Jorge Amado. Na verdade, nada igual.
Comecei a circular na praça principal onde tudo acontecia. E aconteceu... Reencontrei os amigos do posto 9 (Ipanema) e no meio daquelas máscaras, blocos, troças, maracatus, bonecos famosos ...Encontrei o Homem da meia- noite.
Fomos conhecer Olinda e nos indicaram para beber o tal Pau do Índio-“bebida afrodisíaca” famosíssima por lá. O lugar que nos fora recomendado era uma casa onde o preparado das ervas era muito bem feito, higienizado, podia-se beber sem susto. Bebemos o pau-do-índio e ficamos no maior pique para subir e descer ladeiras, bebida afrodisíaca, calor, desejos.Prontos, pulamos o maior frevo ao som de –Ó- Linda... &&&
Para falar a verdade, adorei o pau-do índio. Sugeri ao homem da meia-noite beber mais um copo. Desta vez, optamos em comprar a bebida na barraca da praça, no camelô, para ficar bem entendido, próximo dos agitos. Deu no que deu. Era falsificado ou sei lá o quê. Ao beber essa segunda dose comecei a perder forças. O homem da meia- noite me levou a farmácia para o enfermeiro aplicar uma injeção. E, logo, desmaiei com máscara e tudo.
O homem da meia-noite desesperado, não sabia o que fazer e ficou de guardião. Caída na praça, onde já estavam bêbados não equilibristas e tombada, literalmente, por um pau-do-índio. E o frevo rolando solto. Ao retomar os sentidos voltei para o apartamento dormir o sono dos justos sem sonhar com o pau nem o índio...
No dia seguinte, estava de novo na folia, desta vez, inteira, movida por um caldo de piranha. Depois disso, eu e o homem da meia-noite curtimos o melhor carnaval do mundo. Essa é uma homenagem ao frevo e a Olinda...
Ó Olinda &&&
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