Até o dia 20 de abril, o Centro Cultural Banco do Brasil (Ccbb) recebe a mostra "Ciclo – Criar com o que temos", arte feita com materiais do cotidiano. Comemorando 100 anos dos primeiros ready-made de Marcel Duchamp, artista que inovou ao promover o deslocamento de objetos comuns para o cenário de exposições de arte.
A mostra reúne 15 artistas de diversas nacionalidades, utilizando materiais do nosso cotidiano como: palitos de dentes, e absorventes íntimos que emolduram um lustre, no qual o impacto é bem impressionante.
Foto Fernanda Figueiredo |
A portuguesa Joana Vasconcelos é um dos nomes mais conhecidos do público brasileiro, tendo realizado diversas exposições no País. Em “Ciclo”, é mostrada uma de suas obras mais notáveis: “A Noiva”, um gigantesco e suntuoso lustre, de 5 metros de altura, feito com mais de 25 mil de absorventes íntimos (OB’s), comentário irônico sobre o papel social e íntimo da mulher na nossa sociedade. A obra, de 2001, já participou de mais de dez exposições.
Foto Fernanda Figueiredo |
Julia Castagno (1977) – “Modelo para a sobrevivência” é uma surpreendente e complexa estrutura geométrica composta por milhares de poliedros, criada pela artista uruguaia ao longo de dois anos de trabalho para colar cerca de 10 mil palitos de dente num processo lento de repetição de padrões e exploração de elementos geométricos no espaço. A artista reapropria-se esteticamente do objeto de menor valor comercial no mundo atual, para criar uma obra plasticamente sublime.
Tara Donovan (1969) – A artista americana é autora de grandes instalações e esculturas feitas a partir da manipulação de grandes quantidades de material industrializado, como canudos, copos e até mesmo escovas de dente. O publico brasileiro terá a oportunidade de descobrir “Sem título (Copos de plástico)”, trabalho de grande sucesso da artista, apresentado pela primeira vez em 2006, no qual a artista recria uma topografia sedutora, uma paisagem imaginada, na qual explora texturas, efeitos de luz e sutilezas cromáticas utilizando apenas milhares de copos de plástico transparentes.
Interessante, também, a GumHead, uma enorme escultura da cabeça do Canadense Douglas Coupland, onde o público é convidado a colar gomas de mascar em sua “cabeça”.
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