Histats

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Copa do Mundo em Brasília

Fotos Fernanda Figueiredo-Brasília-Brasil


Jogo da França x Nigéria em 30.06.2014





Estádio Mané Garrincha

O sofrimento do torcedor brasileiro na partida Brasil x Chile.

Resolvi narrar para vocês o sofrimento de uma torcedora brasileira. O mata-mata que quase nos matou...

Começa o jogo. Emoção. Vibração. Vai, Brasil! O campeão voltouuuuu. Time começa bem, joga melhor que o Chile, no primeiro tempo. Ouço: é gol! Vou para janela, grito, é do Brasil! Rei David Luiz (pareceu até que era gol contra).

Vai Brasil, mais um gol para ficar tranquila. Começo com os xingamentos, “Juiz Ladrão”, vai Brasil, jogo fica tenso, ouço mais um goolllllll, pulo na cama, grito, anulado o gol, recomeça os xingamentos, tensão aumenta, Brasil perde o rumo... Putz!

Neymar machucado, muito catimba, jogo do desespero, segundo tempo, vai terminar, prorrogação, Meus Deus, é muito sofrimento, começo a rezar, pegar patuá, começa prorrogação, gritos, xingamentos, fico gelada, começo a andar pela casa, peguei a imagem de São Judas Tadeu, manto verde, vermelho, santo das causas impossíveis, é agora. Prometi acender uma vela na igreja S. Judas antes do próximo jogo. 

Faço mandinga, escrevo o nome do Chile e digo não vai ganhar! Ouço que será nos pênaltis, Ave-Maria! Haja coração. Nem pensar em o Chile ganhar nos pênaltis. Nãoooooooo, socorro, ficou um trauma, chuta que é macumba, credo! Decisão nos pênaltis, segura Júlio Cesar, o Salvador da Pátria. Um gigante!

Sem jogador para decidir, o goleiro carrega 200 milhões de apaixonados torcedores. Na trave! É Brasil...
É assim que  se faz o maior espetáculo da Terra, quando a torcida grita é golllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll 

terça-feira, 24 de junho de 2014

Flor-de-veludo



Foto  Fernanda Figueiredo- Era a flor dos meus quintais

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Artigo: O eco do caviar...


O eco do caviar
                                                                                                                       Fernanda Figueiredo.


Revoltante os insultos ouvidos no estádio de abertura da Copa, na capital paulista, dirigidos à autoridade máxima deste país, Dilma Rousseff.  O eco de palavras de baixo nível ditas por uma elite irada e inconformada com os avanços sociais- impactaram o povo brasileiro.

No intuito de chamar atenção nesse evento oficial, o camarote vip quis ensaiar um comportamento cênico engraçadinho, mas o povo brasileiro o considerou abominável. Causou ojeriza. O tiro saiu pela culatra. Até os adversários do governo não gostaram.

Ecoou um ar fétido de quem arrota arrogância. Como diria Cazuza: A burguesia fede...

Presume-se que essa elite não esteja satisfeita com as políticas sociais, com a redução das desigualdades sociais no Brasil. A mesma elite que não aceita aeroportos cheios, com o povão viajando para o exterior, com o Zé povinho comprando carro, moto,  com o Zé ruela se tornando microempresário. Essas conquistas sociais incomodam demais. O  que não sabem é que são os mais pobres que sustentam os ricos.

Não sou socióloga, tampouco historiadora, simplesmente uma observadora da realidade social. Em minha volta tenho visto mudanças transformadoras, vejo que essa mesma gente diz que o Brasil está se tornando Cuba. E, que o nosso país não é Cuba. Ouço bastante esses comentários. Além de saber xingar, a elite brasileira é mal informada e preconceituosa... E acrescentou, para o mundo inteiro ver:  falta de educação e de respeito.

Imperioso dizer, também, que éramos a 11ª economia mundial, passamos para a oitava e agora somos a sexta. Ultrapassamos a poderosa Inglaterra. Nossa economia tem favorecido a melhoria de qualidade de vida de muitos cidadãos brasileiros.  

Faço uma análise, muito mais pela indignação, em razão de encontrar-me à vontade para isso, visto que não sou filiada ao PT, não tenho vínculo empregatício com o Governo, não ocupo cargos. Analiso essa questão como cidadã.

Há de se discordar sem se perder a ternura, ou, compostura; optar por qualquer outro candidato, mas na base das discussões sociais, políticas e econômicas, na base dos argumentos, e não do xingamento, da intolerância. Faz-se necessário maior amplitude política, e embasamento para isso.

Somos uma jovem democracia, nem tudo pode ser resolvido com varinha de condão. Questões como da saúde e educação levarão mais tempo, esforço do governo e da sociedade. O país tem uma dimensão territorial enorme, não é fácil para ninguém governar essa multiplicidade de interesses, país que tem na sua raiz a corrupção e não é fácil combatê-la. O Brasil é um país gigante e gigantes são os seus desafios.

Por fim, não existe mais o formador de opinião, com a explosão da informação, esse embate se dá nas redes sociais. Muitas pessoas saíram dos guetos virtuais e partem mesmo para os ataques, xingamentos em que são dirigidos aos políticos, e  os famosos em alguns casos. Nesse pressuposto, tenho dito que as redes sociais são uma ferramenta poderosíssima, nela o cidadão passa de mero telespectador ou leitor para agente que participa, atua. Resumo da ópera: Não dá para ficar calado. Resta, portanto, indignarmo-nos. 

Entretanto, é bom exigir respeito. Se o cidadão não respeita a presidente do seu país, vai querer exigir respeito de quem? Haverá intolerância no seu dia-a-dia, na fila do pão, na esquina, no trânsito, de modo que tem que ter respeito em relação à figura da Presidência da República e ponto final.


terça-feira, 10 de junho de 2014

Galeria de arte:Musa

Fotos Fernanda Figueiredo


Algumas pessoas já conhecem esse meu trabalho, que exploro o formato das árvores e observo uma semelhança com  o corpo humano. Na verdade, trata-se de desnudar nossa flora, mata, árvores, para passar uma mensagem de preservação. Para chegar a esse resultado é preciso treinar o olhar. Essa é uma árvore retorcida, nativa  do cerrado. 

terça-feira, 3 de junho de 2014

Dica de livro da Neusinha Brizola



"Faz parte da minha memória  dos anos 80, os sucessos da Neusinha Brizola-quando morava no Rio de Janeiro- e a filha do Governador protagonizava escândalos que sacudiam os lustres do Palácio Guanabara. Na verdade, Neusinha foi uma menina rebelde, que afrontava muito mais os bastidores da política. O Rio de Janeiro, vivia uma época de ebulição cultural em pleno processo de abertura política, era  preciso desafiar, romper o establishment e todas as mintchuras que faziam parte do cenário carioca. Era a época das grandes bandas de rock. Neusinha Brizola foi polêmica e rápida  foi  sua vida, mas Neusinha soube viver como bem quis sem se preocupar com os podres poderes. Valeu, Neusinha! " (Fernanda)

Abaixo, reproduzo o que escreve Hildegard Angel

NEUSINHA BRIZOLA SEM MINTCHURA, POLÊMICA ATÉ DEPOIS DA MORTE

Publicado em 25/03/2014 por Hildegard Angel

Foi um evento único. Reuniu os netos de Leonel Brizola e dona Neusa, Layla e Paulo Brizola, enquanto os escritores Fábio Fabrício Fabretti e Lucas Nobre, também jornalista, autografavam a biografia de Neusinha Brizola, Neusinha Brizola sem mintchura, de sua autoria.

Foi na FNAC Barra, que borbulhava com os amigos fiéis da família Brizola e da frágil e pessoinha adorável que foi Neusinha, das figuras mais polêmicas daquele momento político nacional pós abertura – de fato mais uma vítima da ditadura.

Ela narrou sua vida em detalhes, morrendo antes do término do livro, porém a tempo de pedir aos autores que lançassem a obra na íntegra, desejo agora cumprido por eles.

Neusinha passou a infância num palácio, do qual foi arrancada com a família pelo golpe militar, partindo para o exílio, o sofrimento extremo e o medo. Os horrores daquele período de violência lhe deixaram sérias sequelas que a levaram a se viciar na adolescência, num processo de fuga, bebendo em todas as manhãs e recorrendo às drogas.

Entre outras peripécias que contribuíram para fazer brancos os cabelos do “Caudilho”, Neusinha posou nua para a Playboy, levando seu pai Leonel Brizola, então governador do Rio de Janeiro, a vetar a circulação da revista.

Reação dela: “Então, vou morrer contrariando a vida. Mesmo depois de partir, vou continuar dando trabalho e causar meu último escândalo, deixando um livro que vai falar e ficar por mim, sem mintchura!”, desafiou Neusinha.

Deu o que falar em vida e, pelo visto, continuará a dar depois da morte.
Ponto pacífico: verdade é que quem conheceu Neusinha Brizola de perto simplesmente a adorava e dela guarda doces lembranças.