Todo dia é dia de índio...
Foi uma longa viagem pela transamazônica. Eu, Bolívar e o Michel (fotografo alemão) meus parceiros de aventuras na selva, finalmente, chegamos ao I Encontro dos povos do Xingu, em Altamira no Pará ,em 1989.
Logo, nos deslocamos para conhecer lideranças indígenas como Raoni e o David Yanomami. Qual não foi a surpresa: Dei de cara com o cantor Sting, livre, leve e solto, mui amigo do Raoni, na Vila Betânia. Em petit comitê, ficamos no local onde aconteceriam às pajelanças e aproveitei para pedir o autografo do Sting, mas a foto foi com o Cacique Raoni (Abaixo)
Autógrafo do Cantor Sting |
Raoni e Fernanda
"Passados esses anos, os problemas dos índios na região, continuam com a construção do complexo hidrelétrico de Belo Monte. Segundo Ricardo Verdun, doutor em Antropologia da UNB “Naquela região há cerca de oito grupos étnicos. Os que mais têm se movimentado são os kayapó. Mas basicamente todos os povos que estão na calha principal do rio Xingu serão de alguma forma, impactados. Além dos kayapó, há os arara, arareute, apidereula, juruna e maracanã. Alguns grupos étnicos estão mais distantes do rio Xingu e sofrerão impactos mais indiretos, relacionado ao pescado. Outros estão bem próximos ao canteiro de obras e serão bastante influenciados, atraídos pelo movimento. Alguns irão até trabalhar como funcionários. Outro impacto, caso não haja cuidado rígido, diz respeito à prostituição. São dez mil homens assentados, imobilizados no canteiro de obras, e isso cria uma série de tensões e pressões, principalmente sobre as mulheres, não só nas cidades próximas, como Altamira, mas também mulheres indígenas e agricultoras. Elas são vítimas muito frequentes neste tipo de situação. Não são apenas os indígenas prejudicados. Há uma série de comunidades de ribeirinhos, agricultores familiares que estão naquela região e que, se não forem deslocados, serão pressionados de alguma forma.”
Está muito legal o blog, Fernanda, parabéns!
ResponderExcluirAbraço, Franklin