Histats

sexta-feira, 29 de março de 2013

Tempo



TEMPO

                    Fernanda Figueiredo

Já fui acusado de não parar
de resolver  tudo
a toda hora
um parceiro meio sombra
avassalador 
incontido e veloz
um tanto fugaz e factual
rasteiro como as rugas
traiçoeiro dos sonhos... 

Sou aquele que nos faz temer
anacrônico
que deixa saudade
que não esconde a idade
que assombra e comove
- Sou o tempo!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Da série...Eu fui...Exposição Titanic



Na mostra "Titanic: A Exposição - Objetos Reais, Histórias Reais",
Os 243 objetos resgatados do fundo do mar proporcionam aos visitantes uma viagem pela história do legendário RMS Titanic, imponente navio que afundou na madrugada de 15 de abril de 1912, após colidir com um iceberg.
A exposição foi montada em ordem cronológica, da construção do navio à recuperação de peças históricas, passando pelo naufrágio e pelo resgate dos passageiros.
E o mais interessante foi  tocar o casco do Titanic, ou o que sobrou dele. Muito interessante!

terça-feira, 12 de março de 2013

Dia do Bibliotecário: 12 de Março



Bibliotecário: O Profissional da Informação.

                                                                                                          Fernanda Figueiredo.

Parabéns aos bibliotecários, profissionais que se dedicam à  preservação da memória, que acompanham à evolução e trabalham no gerenciamento  de  redes e sistemas de informação, recursos informacionais e com a disseminação da informação. 

Confesso, porém, que Biblioteconomia não foi minha primeira opção profissional. Ainda, adolescente,  desejava cursar ecologia. Nessa época, não existia o curso de ecologia no Rio de Janeiro, daí a minha opção por biblioteconomia. Para sobreviver na profissão é necessário inovar, estudar e, sobretudo, batalhar, porque é uma profissão pouco valorizada. Monteiro Lobato já dizia Um país se faz com homens e livros. 

É preciso ebulição no meio cultural do país, de incentivar o surgimento de  novos centros culturais, de estimular o hábito de leitura, transformar o mercado editorial para um consumo mais acessível e assim, contribuir para a difusão do livro.

No  Brasil existem milhares de obstáculos para se chegar à informação. Desenvolver políticas culturais, permitir a disseminação da informação, investir na educação de base e aniquilar o analfabetismo. Por certo,  são importantes  instrumentos para o país possa almejar chegar ao mundo dos desenvolvidos.

Precisamos sair da letargia e traçarmos uma nova realidade de incentivos culturais em vários expoentes. Não basta música na praça. É preciso que o Estado não haja de forma paternalista, mas que seja um facilitador deste processo.

Precisamos garantir que nossos acervos não sejam mais perdidos, roubados, saqueados, que os nossos escritores não fiquem em estantes elitizadas. Que  nossas relíquias, peças sacras sejam restauradas, incentivos aos museus, teatros, cinemas, bibliotecas. 

A proposta é a dinamização por meio de uma produção cultural contínua.

Parabéns, também, aos blogs das áreas  de Biblioteconomia, Ciência da Informação.




domingo, 10 de março de 2013

Poeminha 46



 Poeminha 46

                                              Fernanda Figueiredo

Nada me inspira 
diante de mim
a poesia...
pulveriza, insólita e agonizante...
Ensaio  nossa despedida
neste instante que 
abstraio os fatos, retalhos
e   fotos da nossa vida! 

Ainda,
não será, desta vez,
que juntarei os cacos  da
nossa luminaria...

E quase sem esperança
e  de ilusão contida,
deixo o   passado encastelado
para viver uma aventura
incólume...





quarta-feira, 6 de março de 2013

Dia Internacional da Mulher




Mulheres no Poder...
                                                                                                                    Fernanda Figueiredo.


A luta das mulheres prossegue. Sobretudo, na política. À primeira mulher à assumir uma prefeitura ocorreu em 1929 na cidade de Lages (RN) com Alzira Soriano e a primeira deputada federal foi a paulista Carlota Pereira de Queiroz, que ganhou o cargo nas eleições de 1932. Eunice Michiles, suplente, assumiu o Senado em 1979. Em 1990 foram eleitas as primeiras senadoras. O avanço no exercício da cidadania foi imenso, mas há muito para evoluir no campo da política e do poder.

Com a aprovação da Lei da ex-deputada Marta Suplicy, os partidos foram obrigados a reservar 30% das vagas para candidaturas de mulheres. Nem sempre há cumprimento das cotas. Haverá um tempo que não iremos necessitar da obrigatoriedade de uma lei para garantir a participação das mulheres na política. Há muito a minha intuição anunciava que ainda teríamos uma mulher no poder máximo deste País. O Brasil é comandado por uma mulher combativa, com histórico de lutas. Ainda, escuto nas ruas comentários preconceituosos dos que não respeitam as mulheres no poder,mas são vozes isoladas.

As ditas minorias na realidade constituem a grande maioria. Já a participação das mulheres sempre foi minoritária nas decisões de estrutura partidária. Tive a participação em algumas instâncias partidárias e pude verificar que o número variava entre duas a quatro mulheres no máximo, bem menos que a metade da composição da direção do partido.Em algumas reuniões cheguei a ser única mulher com direito a  voz e voto e muitas vezes, me sentia como se tivesse perdido minha identidade feminina.

O círculo da política ainda é masculino, fruto da dominação de mil e tantos anos de falocracia, de valores predominantes de uma sociedade que ainda tenta conservar esse resquício de autoridade. Senti certo constrangimento quando alguém citou que não havia mulher na reunião da executiva regional do partido. Essa observação me deixou intrigada, quer dizer,  mulher na militância política se transforma em dama de ferro ou assexuada. E, tratava-se de partido político tido “moderninho”, paradoxalmente, foram reuniões sempre predominantemente masculinas, exceto, quando havia alguma convidada. Certamente, imbuídos de um conceito colonialista, os preconceitos continuam. Antigamente a  mulher não votava e nem era votada.Somente em 1946 o voto feminino passou a ser obrigatório.


Bauhinia variegata L- Asa norte

Ficamos suscetíveis à toda forma de opressão e isso, nos atinge abruptamente. Ouvi nos bastidores políticos a seguinte pérola: “Mulher bonita, separada, que entra no partido para fazer militância é porque está à procura de marido.” Muito preconceito e machismo. Com  à  chegada das mulheres em vários centros de poder decisórios, a tendência da governança,  diferente dos chavões machistas, é de um perfume mais suave. A mulher tem garra, muita capacidade e disposição para novos paradigmas de gestão, para mudar o País, quem sabe o mundo. As mulheres podem. E devem.

Quando se ocupa cargos no governo a tendência é a mesma tem-se à percepção de que a voz de comando que ecoa do Poder é sempre masculina em diversas hierarquias. Com a eleição da presidenta Dilma, parece haver uma mudança estrutural. Mulheres ocupam cada vez mais postos importantes no Executivo. Há uma mudança comportamental. É fato. Há prenúncio de transformação. Um bom sinal dos tempos...( sem revisão)


segunda-feira, 4 de março de 2013

Em tempos de Conclave...

Eu fui...



Conclave de Sol, ato realizado no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, em 1981, com à presença da ativista Joan Baez  e dos ativistas do movimento Hiroshima nunca mais. Bem  Woodstock...