FRIDA KAHLO ACOMPANHADA POR 14
ARTISTAS
Exposição “Frida Kahlo – Conexões
entre mulheres surrealistas no México”
Conexões entre mulheres
surrealistas no México, que reúne 30 obras da artista Mexicana e cerca de 100
obras de outras 14 artistas mulheres nascidas ou radicadas no México.
Idealizada e coordenada pelo
Instituto Tomie Ohtake, de São Paulo, a exposição tem o patrocínio da CAIXA,
com outros apoios.
Além dos trabalhos de Frida Kahlo
– 20 óleos sobre tela e 10 obras em papel, entre desenhos, colagens e
litografias – será possível ver de perto obras de outras artistas. Todas
tiveram relação pessoal com a artista e com o surrealismo, linguagem que melhor
traduz o trabalho da mexicana. Ao todo, 136 obras, entre pinturas, esculturas e
fotografias, além de documentos, registros fotográficos, catálogos e
reportagens.
A mostra reserva, ainda, uma
litografia assinada por Diego Rivera; além de roupas, acessórios, documentos,
registros fotográficos, catálogos.
Em 1913, com seis anos, Frida contraiu poliomielite, a
primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofreu ao
longo da vida. A poliomielite deixou uma lesão no seu pé direito, pelo que
ganhou o apelido de Frida pata de palo (ou seja, Frida perna de pau). Passou a
usar calças, depois longas e exóticas saias, que se tornaram uma de suas marcas
pessoais.
Entre 1922 e 1925 frequenta a Escola Nacional Preparatória do
Distrito Federal do México e assiste a aulas de desenho e modelagem.
Em 1925, aos 18 anos, aprende a técnica da gravura com
Fernando Fernandez. Então sofreu um grave acidente. Um bonde, no qual viajava,
chocou-se com um trem. O pára-choque de um dos veículos perfurou-lhe as costas,
causando uma fratura pélvica e hemorragia. Frida ficou muitos meses entre a
vida e a morte no hospital, teve que operar diversas partes e reconstruir por
inteiro seu corpo, que estava todo perfurado. Tal acidente obrigou-a a usar
coletes ortopédicos de diversos materiais, e ela chegou a pintar alguns deles
(como o colete de gesso da tela intitulada A Coluna Partida').
Durante a sua longa convalescença, começou a pintar, usando a
caixa de tintas de seu pai e um cavalete adaptado à cama.
Em 1928, entrou no Partido comunista mexicano e conheceu o
muralista Diego Rivera, com quem se casa no ano seguinte. Sob a influência da
obra do marido, adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples, num estilo
propositadamente reconhecido como ingênuo. Procurou na sua arte afirmar a
identidade nacional mexicana, por isso adotava com muita frequência temas do
folclore e da arte popular do México.
Entre 1930 e 1933 passa a maior parte do tempo em Nova Iorque
e Detroit, com Rivera. Entre 1937 e 1939, recebeu Leon Trotski em sua casa de
Coyoacán.
Em 1938 André Breton qualifica sua obra de surrealista em um
ensaio que escreveu para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova
Iorque. Não obstante, ela mesma declarou mais tarde: Pensavam que eu era uma
surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria
realidade.
Em 1939 expõe em Paris na galeria Renón et Colle. A partir de
1943 dá aulas na escola La Esmeralda, no D.F. (México).
Em 1953 a Galeria de Arte Contemporânea desta mesma cidade
organiza uma importante exposição em sua honra.
Alguns de seus primeiros trabalhos incluem o Auto-retrato em
um vestido de veludo (1926), Retrato de Miguel N. Lira (1927), Retrato de
Alicia Galant (1927) e Retrato de minha irmã Cristina (1928).
Frida e Diego Rivera se casaram duas vezes.
Casa-se aos 22 anos com Diego Rivera, em 1929, um casamento
tumultuado, visto que ambos tinham temperamentos fortes e casos extraconjugais.
Kahlo, que era bissexual, teve um caso com Leon Trotski depois de separar-se de
Diego.
Embora tenha engravidado mais de uma vez, Frida nunca teve
filhos, pois o acidente que a perfurou comprometeu seu útero e deixou graves
sequelas, que a impossibilitaram de levar uma gestação até o final, tendo tido
diversos abortos.
Tentou diversas vezes o suicídio com facas e martelos.
Em 13 de julho de 1954, Frida Kahlo, que havia contraído uma
forte pneumonia, foi encontrada morta. Seu atestado de óbito registra embolia
pulmonar como a causa da morte. (Wikipedia)
Fotos Fernanda Figueiredo-Brasília.