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sábado, 8 de dezembro de 2012

Rio de Janeiro: 24 graus


                                                        Rio 24 graus                                                 Jan/2012.

                                                                              Fernanda Figueiredo 

De volta ao Rio após longo tempo, deparo-me com minhas flores preferidas, as petúnias, bem rosinhas, penduradas na banca de jornal.Outra, que admiro é a papoula que normalmente brota nos meses de verão intenso.


Rio de Janeiro. Desta vez, o cenário é o mau tempo, carregado e nubladão para desespero do carioca. Certa vez, Gérard Depardieu veio ao Rio para o lançamento de um filme e fui convidada para avant-première, junto com uma plateia que lotou o cinema na Cinelândia. Ocorreu uma baita decepção do carioca, na chegada do Depardieu em razão do tempo fechado. A equipe que foi recepcioná-lo e a imprensa, todos desejavam apresentar ao ator e diretor francês o verão a carioca. Depardieu saiu-se com esta: “É a falsa democracia do sol...”. 

Concordo. Abaixo do sol cria-se uma falsa ilusão de que todos são iguais, tudo é uma maravilha, não existe pobreza e nenhum pecado abaixo do Equador. Na verdade, o carioca é movido pela energia solar, seu astral, seu humor, tudo muda quando, douradamente, brilha majestoso – o Sol - nas areias escaldantes da cidade maravilhosa...  

Apesar do tempo atípico para uma temporada de verão, revejo à paisagem carioca, os contornos das montanhas, os relevos,  a exuberante Mata Atlântica, especialmente, um pão todo “feito de açúcar”, que nos brinda da janela, e toda  magnífica enseada de Botafogo, formando um dos mais belos cartões postais do mundo. Os barcos, dos mais simples aos mais modernos, harmonizam o ambiente com um colorido vibrante.

Foto Fernanda Figueiredo
Apesar do mau tempo, resolvo sair para lugares dantes sempre frequentados. Botafogo, onde passei parte da minha vida, e faço uma comparação depois que li “1808”, livro que trata da vinda da família real e conta um pouco de como era a vida carioca daquele tempo e sua paisagem então intocada. Hoje, uma velha cidade, um tanto poluída e mal cuidada, porém, na questão da limpeza urbana melhorou. Continuam os encantos de outrora. Cosmopolita, o Rio é uma cidade para sair à rua e se divertir com os mais variados tipos. 

Todavia, cruzar a Rio Branco e relembrar as inúmeras manifestações políticas de quem lutou com os cariocas pela Democracia é o que mais emociona.

Pergunto pelos mendigos. Não os vejo como antes, um tanto deles sumiram das ruas. Segundo comentários, é a política da Prefeitura. No meu tempo, (ai credo, detesto essa frase), era uma plataforma política da Sandra Cavalcanti, apenas uma proposta indefensável. 

Fala-se muito em UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), em ação desde 2008. Na realidade, existe um Rio menos violento. É fato. Esses anos em que fiquei em Brasília,  foram de muito sofrimento com exacerbada violência no Rio, fiquei chocada com  o assalto do Jardim Botânico que virou até filme (2000), ou com o assassinato do jornalista do globo Tim Lopes (2002), ainda,  o crime cometido contra os franceses (2007), outro crime bárbaro da senhora em Botafogo (2006), ora os crimes de Santa Tereza... e o tão bárbaro que foi a da funcionária da Alerj (2001); ora do menino João que foi arrastado (2007) e por aí vai... Tanta violência não despertava em mim o desejo de retornar. Tornar-se-ia extremamente necessário um basta. Um desejo de todos.

O Rio continua violento, porém, existe uma sensação boa, mais suave, com a nítida impressão que se pode circular com menos tensão. Como toda megalope padece de excesso de gente e falta de qualidade de alguns serviços básicos. Sinto falta do bondinho, por isso, não irei a Santa Tereza, onde morei. Nem pegarei a barca para relembrar meus tempos de estudante. Pasmem! 

O carioca envelheceu e isso é perceptível. O carioca empobreceu e isso é uma realidade... Mas o carioca nunca deixou de amar... É muita serotonina no ar. Tampouco, quase não existe carioca da gema. A gema agora é temperada de sotaques do mundo inteiro. O carioca é quem entende esse espírito, não adianta vir morar aqui e ser ser de mal com a vida, ou ser conservador ao extremo...  Ser carioca é um estado de liberdade permanente com a vida, falou? 

E, também, adorei comprar um tapete “Gentileza gera gentileza...”. Cruzei nas ruas com essa figura, o profeta, que depois ficou conhecido nas músicas da Marisa Monte, entre outros.
E, para finalizar muita Bossa Nova: “Rio é mar, é terno se fazer amar...”.



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Disco Voador




Alto Paraíso localizado em  Goiás é um dos lugares mais procurados para os que desejam escapar do fim do mundo. A cidade esotérica fica a 1,3 metros do nível do mar e a 230 km de Brasília. 


Afinal, como o seria esse dia catastrófico? Um asteroide atingiria o planeta? Seria a verticalização do eixo do núcleo terrestre? Ou uma onda gigante tipo tsunami? 


Quem não se lembra da euforia geral  criada em torno do  Cometa Halley. Foi um fiasco. Aconteceu  outro episódio (anos 70), em  São Luis (MA) um locutor espalhou  invasão de discos voadores, foi um desespero geral.

Tomara que o mundo  não acabe e passe por uma grande transformação, uma nova era. Sejamos otimistas!  Todavia, existem os precavidos, como o   da foto acima.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Recordar é viver- Marisa Monte


Eu fui!

Aos  primeiros show da Marisa Monte  um deles - em 1988- no teatro Villa-Lobos - no bairro do  Leme, zona sul do Rio. Pedi licença da reunião em que participava- na velha Lapa- e  fui! Entretanto, ao contrário, do que imaginavam os colegas, o teatro estava lotado.Nascia uma estrela.

Como sempre  gostei de guardar os  bilhetes de entradas em  shows, teatros, guardei com carinho este marcante show para  que   possamos recordar.