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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Césio 137


Flash back ambiental....


                               Jornal o Fluminense acima-   Fernanda Figueiredo - (1ª esq.)




Em setembro de 1987 aconteceu em Goiânia o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo, fora de usinas nucleares. Foi classificado como nível 5 na Escala Internacional  de Acidentes Nucleares. Denominado acidente do Césio 137, ocorreu em consequência de uma bomba radioativa, abandonada por uma Clínica de radiologia de Goiânia.

O aparelho radioativo encontrado por catadores e vendido a um ferro-velho, cujo proprietário era o Senhor Devair que se “encantou” com pó azul que brilhava no escuro. Infelizmente, era o elemento césio 137. Em consequência desse acidente radioativo, morreram quatro pessoas e, posteriormente mais 60 pessoas, muitos dos que ajudaram na limpeza do local. Outras 618 foram reconhecidas pelo Ministério Público como vítimas da tragédia. Para que outro acidente, desta proporção, não se repita é que relembramos com as fotos dos nossos protestos, dos quais participamos ativamente.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Broto




Broto

              Fernanda Figueiredo


Deixai que tudo

brote,
o capim cidreira, a mangueira
a erva cidreira, as papoulas
o pau de balsa, o pau brasil
o capim dourado
o babaçu e o olho d'água
a jabuticaba e
o luar da
beira de estrada.
E ainda,
admirar,
o vislumbre do vaga-lume
a inocência   da joaninha
o pote do arco-íris
toda vanguarda
às noites de Itacaré
a beleza da flor de cactos 🌵 
a pinga e o pangaré. 
Deixai...
a magia cigana
beleza das dunas
a nascente
a mãe d'agua
a floresta encantada
a tatuagem
o bar
suvaco da
jararaca, o pio da coruja
a petúnia, o lobo guará
o broto, um poema 
o perigeu lunar.

domingo, 23 de setembro de 2012

Mensagem do dia...Profeta Gentileza

Mensagem:


Conheci o Profeta Gentileza nas ruas do centro do Rio de Janeiro, onde costumava fazer suas pregações, no  início  dos anos 80. Figura excêntrica, passava mensagens de paz. Sua história ficou  mais conhecida'  após o sucesso da música Gentileza da cantora Marisa Monte. 

'O Mundo é uma escola

a vida é um circo
Amor  palavra que liberta
já dizia o Profeta..."






sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Aqui se plantando tudo dá...até livros!




Irei homenagear à árvore que brota livros. Isso mesmo. Ela existe e fica no Riacho Fundo, em Brasília. Como bibliotecária, achei essa ideia bem interessante. Tudo começou com a criatividade do gestor Reinaldo Lopes, um dos idealizadores do projeto. Os livros ficam pendurados nas árvores como se fosse uma árvore de natal cheia de presentes. Entre os livros pendurados na árvore nativa do cerrado, consta à poesia de Cora Coralina, Clarice Lispector e outros. Isso que é colher cultura, literalmente falando. No pé. Já havia visto livros em carro-biblioteca, em ônibus, trem, mala, pontos de ônibus, no açougue. Agora, em árvore é a primeira vez.

Esse tipo de iniciativa consolida Brasília como polo disseminador de cultura. Temos nas paradas de ônibus livros do Projeto do Açougue cultural T-Bonne relatados neste blog.

A  aceitação do projeto do livro que dá em árvore é imensa. Na praça, tem escolas próximas, bastante movimento e os moradores podem pegar o livro e alguns aproveitam para ficar ali mesmo debaixo da árvore com sombra e poesia:





            
                                                               
                                                           





segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Amar o transitório



                                 
                                                    Foto Fernanda Figueiredo 



Em fevereiro  de 2011,ouvi minha irmã o seguinte comentário: 'Fernanda: este artigo é a sua cara." Li e concordei e, ainda, acrescentei: termina com  uma poesia  que  sempre li e admirei.




ZUENIR VENTURA - Amar o transitório          

                                                                                       O Globo/ fev. de 2011.

Carpe diem é uma expressão latina presente numa ode do poeta Horácio, da Roma Antiga, e que ficou popular no fim dos anos 80 por causa do filme "Sociedade dos poetas mortos", de Peter Weir, em que funcionava como lema do personagem interpretado por Robin Williams.

Quem viu não esquece aquele professor de literatura carismático que subverteu a caretice de uma escola conservadora, exaltando a liberdade e a poesia, e ensinando seus alunos a pensar por si mesmos. Carpe diem significa "aproveite o dia de hoje", ou seja, desconfie do amanhã, não se preocupe com o futuro, não deixe passar as oportunidades de prazer e gozo que lhe são oferecidas aqui e agora.

Neste texto, o conselho não tem nada a ver com a proximidade do carnaval. Ou pode ter, mas essa não é a intenção. Ele me foi lembrado por um amigo numa conversa em que lamentávamos algumas ameaças à saúde que atingiram pessoas queridas. Em proporções mais dramáticas, era um pouco daquilo que Ronaldo Fenômeno resumiu na sua emocionante despedida. Como as dele, eram derrotas para o corpo. Trapaças que ele apronta na forma de um tombo traiçoeiro ou do defeito de uma peça do nosso mecanismo.

Falávamos de quanto tempo se perde com bobagens que nos aborrecem além da conta, deixando passar momentos preciosos como, por exemplo, uma dessas nossas luminosas manhãs que nenhuma outra cidade consegue produzir com igual esplendor. Desprezamos por piegas as emoções singelas e vivemos à espera das ocasiões especiais, de um estado permanente de felicidade, sonhando com apoteoses e sentindo saudades do passado e até do futuro, sem curtir o presente. Só quando surge a perspectiva da perda é que damos valor a deleites simples ao nosso alcance, como ler um bom livro, ouvir uma boa música, ver Alice sorrir, assistir a "O discurso do rei", ver o "Sarau", de Chico Pinheiro, receber o afago de leitor(a), voltar a andar no calçadão, beber uma água de coco ou admirar o pôr do sol no Arpoador. Foi depois desse papo de exaltação hedonista que meu amigo concluiu que, como o destino nem sempre avisa quando vai aprontar, urge curtir enquanto é tempo — carpe diem. O grande poeta pernambucano Carlos Pena Filho, que morreu aos 31 anos num acidente de carro, em 1960, disse mais ou menos o mesmo num dos mais belos sonetos da língua portuguesa, "A solidão e sua porta", que termina assim:

Lembra-te que afinal te resta a vida
Com tudo que é insolvente e provisório
E de que ainda tens uma saída
Entrar no acaso e amar o transitório.

domingo, 16 de setembro de 2012

Camada de Ozônio


Dia internacional de preservação da Camada de Ozônio (16/09)

'A Camada de ozônio é encontrada na estratosfera, região da atmosfera. Esta camada tem a propriedade de absorver a radiação ultravioleta do sol; por este motivo, sem a proteção do ozônio, as radiações causariam graves danos aos organismos vivos que habitam a superfície do planeta. ''(Wikipédia)


                                                               Lucas Fadul

No Rio de Janeiro em 10 de junho de 1988, em plena Cinelândia, nós ambientalistas, coordenados pelo Carlos Minc já alertávamos a população sobre os riscos do aumento do buraco na camada de ozônio  (foto acima). Atualmente, a legislação nessa questão avançou. Alinha-se ao fato, a importância dos Tratados, Protocolos e Convenções. O Tratado de Montreal (1987) estabeleceu diretrizes para redução do uso de substancias que destroem a camada de ozônio.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

JK faria 110 anos em 12.11.2012



                                            









                                                                             
                                                                            


Brasília
                                                                                                                  Fernanda Figueiredo

Poucas cidades no mundo têm árvores frutíferas como mangueiras (algumas bem baixinhas), abacateiros, goiabeiras, jaqueiras, romãs, bananeiras facilmente encontradas no perímetro urbano...
Poucas cidades no mundo possuem mais de um milhão de árvores.
Poucas cidades no mundo são divididas em “cabeça, tronco e rodas”.
Poucas cidades no mundo contam com tantos carros em garagem de residência classe média.

Poucas cidades no mundo têm tanta concentração de pet shops,  os animais são bem tratados.
Poucas cidades do mundo possibilitam conviver-se com as corujas em área urbana durante o dia; há sempre um olhar atento das corujinhas.
Poucas cidades no mundo possuem tantos passarinhos no espaço urbano... É uma festa.

Poucas cidades no mundo possuem variedades de casas do João de barro.
Poucas cidades no mundo têm tão baixa poluição sonora.
Poucas cidades no mundo têm um céu, (Que céu!)... Às vezes, é azul anil e parece que está sempre ao nosso alcance... É o céu de Brasília, único, cantado por Djavan e outros.
Poucas cidades no mundo apresentam um por- do-sol tão arrebatador, um show à parte. Em Brasília adquire diversas tonalidades, o que o torna inigualável.


Poucas cidades no mundo são tão bem cercadas de cachoeiras, não precisa de longa viagem, bastam alguns minutos...
Poucas cidades no mundo tem caminhada da lua, Feira da Lua... A lua também é um atrativo, pois por aqui ela aparece bem “ao nosso alcance.”.
Poucas cidades no mundo têm uma arquitetura tão arrojada, moderna, que dispensa comentários...
Poucas cidades do mundo ganham o Oscar de verdade, nós temos arquitetura de Oscar Niemeyer.
Poucas cidades do mundo têm tantas Embaixadas.
Poucas cidades do mundo têm imensos Parques... Veja o Parque da Cidade imortalizado por Renato Russo. 
Poucas cidades do mundo têm tantos clubes.
Poucas cidades do mundo têm tantos concursos.
Poucas cidades do mundo têm tantas piscinas.
Poucas cidades do mundo têm um lago tão homenageado e cantado em verso & prosa.
Poucas cidades do mundo têm faixas de pedestres. E precisam ser respeitadas!
Poucas cidades do mundo têm templos diversificados, o que evidencia o respeito à religiosidade, independente de credos e crenças.
Poucas cidades do mundo têm tanta política... Centro de decisões nacionais.
Poucas cidades do mundo têm duas letras que expressam essa verdade: JK...