Fernanda Figueiredo
Como eu queria
lambuzar-me da doce vida
questionar
a vã filosofia...
Acolher
vernante, essa vil, vilã
danada vida
embriagar-me com seus tolos
vexames, vislumbrar...
Sugá-la até o último sopro
fazer o que nunca tive coragem
com toda veracidade
Vem, vida!
de um jeito vigoroso, me fazer
correr riscos
enganar-me como uma caixa de surpresas...
Escorrer das minhas veias
a vidência , a vanguarda.
vem sem vacilar
de um jeito bem vaga-lume!
de um jeito bem vaga-lume!
Vem exposta, meio vaginal
vida vadia... sem válvula de
escape, vampiresca
Soprar aos mil ventos,
toda ventania
à agonia de um tempo...
vem versar, amar
e na conjunção de Vênus
oxidar os sonhos
A viagem que prometi
a longa viagem, curta, a única viagem
que se faz em vida
os versos que são eternos...
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